sexta-feira, 22 de agosto de 2014

A “dinâmica” da estagnação: como o PSD está a dar cabo de Caldas da Rainha (4)

O PSD ganhou as eleições autárquicas de Setembro do ano passado em Caldas da Rainha apregoando uma “nova dinâmica”. A dinâmica da dupla Tinta Ferreira/Hugo Oliveira está cada vez mais à vista por todo o lado: uma incompetência realmente dinâmica, porque nunca cessa, e o mergulho também imparável numa estagnação que ameaça tornar este concelho uma verdadeira irrelevância.




Um serviço de comes-e-bebes bem à portuguesa
com a cagadeira portátil logo à mão de semear...
num miradouro com vista panorâmica para o Oceano Atlântico


Este verão, pelo que se tem visto (e sentido no trânsito e por todo o lado), foi de enchentes.
Há mais visitantes, portugueses e estrangeiros, na região do que em anos anteriores. Esta afluência há de traduzir-se numa coisa bem simples: mais dinheiro. E isso é bom para o concelho, para qualquer concelho ou cidade de um país que pode ser, todo ele, um destino turístico de excepção.
Porque (talvez convenha explicar bem explicadinho) há mais pessoas que vêm gastar mais aqui, em bens e serviços, refeições e isto traduz-se em mais receitas para grande parte das actividades económicas do concelho, em mais postos de trabalho (mesmo que sazonais) e um estímulo à criação de emprego no sector turístico, e ao seu desenvolvimento.
A enchente de visitantes também se verificou na cidade de Caldas da Rainha, a capital do concelho. Mas ao encontrar zonas da cidade de Caldas da Rainha transformadas em estaleiros, onde a actividade comercial se tornou impraticável, não gastam. Vão-se embora. Talvez não voltem nos próximos anos.
A devastação da capital do concelho por obras sem prazo tem esta consequência bem clara: não há comércio. E se não há comércio não há dinheiro. Os residentes sabem onde estão as alternativas (nos supermercados fora do centro). Os visitantes talvez não queiram ir meter-se nos supermercados (a maioria não quer) e iriam gastar dinheiro no comércio, nos cafés e nos restaurantes da cidade. Ou na famosa Praça da Fruta, onde se mantém um interminável processo de calcetamento.
E se vieram este ano em grande número... talvez até gastassem mais se a oferta fosse diferente.
Só que os dirigentes municipais de Caldas da Rainha (e a sua elite política e social, que abomina e receia a mudança e tudo o que vem de fora) estão de costas voltadas para o turismo.
Continuam a alimentar o mito de um organismo regional de turismo, já extinto, que só fazia duas coisas: uma espécie de profusa diarreia verbal e as tasquinhas da Expoeste. E olham para os visitantes com um misto de repulsa: até porque ao contrário das empresas locais, os gestores municipais não precisam do dinheiro dos turistas. Embora precisem das empresas locais.
Com esta atitude é como se lhes dissessem: turistas, vão-se embora!
O desleixo, o desmazelo e o lixo acabam por ser as bandeiras do concelho.
E o maior exemplo de todos, quando não se percorre uma estrada ou uma rua onde há sempre lixo no chão e pendurado nas árvores, é o único miradouro que existe no concelho com uma vista panorâmica para o Atlântico. Nele mora há tempo demais uma rulote de comes-e-bebes e, há menos tempo, uma retrete portátil. E, à noite, as indispensáveis caravanas.
O PSD caldense é isto: está ao nível da rulote com a sua retrete portátil e da aprovação de um plano megalómano para a zona da Estrada Atlântica, do qual nunca mais se ouviu falar, e em circunstâncias que a passagem do tempo torna ainda mais duvidosas.
Até por ter envolvido todos os membros da Assembleia Municipal que, sobre o assunto, e depois de terem embandeirado em arco, deixaram que se instalasse um silêncio de chumbo. Ou de ouro?
Talvez seja por isso que ninguém gosta de quem vem de fora...
 
Usam árvores e postes para fazer publicidade à borla
e depois deixam os plásticos a apodrecer
 
 
 
 
Amanhã: O adeus às termas
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
























Sem comentários: