O PSD ganhou as eleições autárquicas de Setembro do ano passado em Caldas da Rainha apregoando uma “nova dinâmica”. A dinâmica da dupla Tinta Ferreira/Hugo Oliveira está cada vez mais à vista por todo o lado: uma incompetência realmente dinâmica, porque nunca cessa, e o mergulho também imparável numa estagnação que ameaça tornar este concelho uma verdadeira irrelevância.
Mas os partidos que se declaram da oposição podem impedi-lo. Serão cúmplices se não o fizerem.
Para esta gente o lixo é fixe... não é? |
O que se vê na fotografia é puro e simples desleixo, é um puro simples desmazelo, um "estar-se nas tintas" para a limpeza da cidade, uma afirmação de porcaria.
De quem deitou o lixo para o chão mas também das autoridades municipais, que não só não estimulam a limpeza urbana como não a praticam. A preocupação com a imagem que tem a Câmara Municipal de Caldas da Rainha está circunscrita ao seu presidente e ao seu vice-presidente.
O resto não interessa. Nem tão pouco a impressão que os visitantes podem colher.
O descontrolo das obras na capital do concelho (cujas contas parecem, felizmente, começar a suscitar a curiosidade das oposições) e o desmazelo e o desleixo e a indefinição em torno do Hospital Termal são o que mais ressalta ao fim de quase um ano de gestão municipal do PSD caldense.
Como será daqui a três anos? Conseguirão os desastrados estrategas da "nova dinâmica" tirar alguma surpresa da cartola com que parecem querer enfeitar-se?
Os partidos da oposição têm, de maneiras diversas, mostrado a sua incomodidade.
À excepção do PCP (mais preocupado com o "pacto de agressão" e o governo nacional), o PS e o CDS têm tido intervenções esporádicas, indo um pouco mais além das habituais "provas de vida" a que a sua actividade se tem reduzido. O Movimento Viver o Concelho (MVC) foi o primeiro a alertar para o atraso nas obras e tem mantido uma atenção regular à situação.
O progresso do concelho e a correcção do rumo do Município parece ser uma preocupação consensual, que também alastra a sectores sociais e económicos.
Todos estes aspectos exigem uma intervenção diferente: a concentração de esforços para encontrar uma plataforma para o curto prazo (uma intervenção comum do PS, do MVC e do CDS sobre as obras daria um relevo muito maior à situação) e, se todos souberem pôr os interesses da população e do concelho acima das suas contas de mercearia partidárias, uma dinâmica de consenso que pode abrir a possibilidade de derrotar o PSD caldense nas eleições de 2017.
A hegemonia do PSD caldense e o modo como condiciona o eleitorado não são uma fatalidade.
E quem preza o progresso e o desenvolvimento de Caldas da Rainha é decerto capaz de saber encontrar o que une e de pôr de lado o que divide.
A questão é se o quererá fazer.
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