quarta-feira, 20 de agosto de 2014

A “dinâmica” da estagnação: como o PSD está a dar cabo de Caldas da Rainha (2)

O PSD ganhou as eleições autárquicas de Setembro do ano passado em Caldas da Rainha apregoando uma “nova dinâmica”. A dinâmica da dupla Tinta Ferreira/Hugo Oliveira está cada vez mais à vista por todo o lado: uma incompetência realmente dinâmica, porque nunca cessa, e o mergulho também imparável numa estagnação que ameaça tornar este concelho uma verdadeira irrelevância.




Avenida nova, problema velho: lixo, desmazelo, desleixo


A Avenida 1.º de Maio é um exemplo da desatenção camarária e da visão distorcida que têm os ocupantes do órgão municipal.
Esta rua, entre a praça (agora cratera) da própria Câmara Municipal e a estação ferroviária, esteve quase um ano em obras. A rua era, e é, de circulação automóvel. O comércio está reduzido. Não era exactamente uma via pedonal. Mas as obras foram feitas para alargar os passeios. E o resultado foi a existência de superfícies desertas, com árvores raquíticas, sem equipamento para as pessoas se sentarem... e lixo.
Numa cidade, para já não falar do resto do concelho, onde a sinalização horizontal e as passadeiras de peões vão ficando invisíveis, a prioridade foi o alargamento dos passeios nessa via. Algumas iniciativas bem intencionadas, ligadas à sobrevivência económica da zona, não retiram a impressão de deserto a que a artéria ficou reduzida.
Nem, tão pouco, a fonte das rãs.
Apresentada, no início, como obra emblemática (e «bordaliana»), a fonte com rãs de louça foi colocada numa rotunda pequena, e onde não era necessária em termos de trânsito, diante do edifício de relativa importância histórica da estação ferroviária.
Ao longe, a fonte fica perdida num deserto de carros que estacionam num parque informal perto e por onde podem (incluindo na própria rotunda). De perto vê-se que a pavimentação da rua e da rotunda está por terminar. Não só o que podia ter sido uma originalidade não fica protegido em termos visuais, e já se sabe que em termos físicos não o está, como a imagem geral é de desleixo absoluto.


Fica sempre qualquer coisa por fazer


 
Além da falta de enquadramento adequado para a fonte, a avenida mantém, por exemplo, um sistema contestado de recolha subterrânea de lixo a par com os contentores verdes de lixo, que sai do seu interior (ou onde não chega a entrar) para ficar bem espalhado. A isto chama-se lixo e porcaria e falta de brio por parte das autoridades municipais, que nem conseguem valorizar aquilo que tentam fazer.
Aliás, o lixo e a porcaria parecem ser uma característica indelével das gestões autárquicas do concelho.
Basta percorrer as estradas, basta ir à Lagoa de Óbidos, para ver o lixo espalhado, os anúncios de plástico dependurados das árvores a apodrecer muito para lá do seu prazo de validade (?), esses e outros plásticos que se amontoam por todo o lado.
É que não é só a degradação do ambiente. É também a imagem de um concelho de gentes desmazeladas.
Para uma Câmara Municipal que dá tanta importância ao “show off” (as festas, as inaugurações, o fazer-se à fotografia), a verdadeira imagem que a caracteriza é esta: lixo, desmazelo, desleixo.
E não apenas material mas também político.
 
A empresa, o presidente da Câmara e a sua assessora: uma imagem idílica



Amanhã: Depois do "barco do amor", a feia realidade da Lagoa de Óbidos



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