Nuno Chaves, dinamizador do blogue Página a Página, foi militar e esteve na Escola de Sargentos do Exército e leu agora o meu romance "A Guerra de Gil" (Temas e Debates/Círculo de Leitores, 2008) com o olhar de quem conheceu alguma da realidade vivida pelo herói dessa história, o coronel Vítor Gil (que foi colocado no Regimento de Infantaria 5, de Caldas da Rainha, antes de este ser a Escola de Sargentos).
A opinião de Nuno Chaves, extensa, rigorosa e elogiosa, não cabe toda neste espaço e publicá-la aqui na íntegra tiraria leitores ao blogue que mantém e que é um dos mutos bons exemplos do que se faz neste momento na blogosfera.
Remetendo os leitores para as páginas de Página a Página, fica um excerto desta opinião que muito me agradou.
Quis, em "A Guerra de Gil", abordar um mundo específico (o militar) e um passado (a guerra em África) e, de certa forma, mostrar (como muitos outros autores têm feito) a simples evidência de que o "thriller" pode abordar praticamente todos os aspectos da sociedade humana. O comentário de Nuno Chaves comprova que, neste caso, o consegui fazer:
Foi também um livro que me trouxe à memória os muitos anos que estive ao serviço do Exército Português e das boas recordações que guardo da minha passagem pelas Forças Armadas. É claro que a minha longa “estadia” nas fileiras do Exército, nada tem a ver com este romance, que se passa num conturbado período da nossa história (ainda tão recente) que muitos continuam a fazer de conta que não existiu e outros preferem mesmo esquecer existiu e do qual muitos fizeram parte.
Poderão os leitores “mais jovens” ou aqueles que não estejam suficientemente familiarizados com técnicas, tácticas e alguns pormenores do foro militar, entender a importância deste livro…. Nós, portugueses, que para o bem e para o mal temos uma história tão rica e tão preenchida, não aproveitamos o suficiente essas mesmas histórias, (na minha opinião) para as recriar mesmo que em forma de ficção. Agradeço ao autor que em boa hora e contrariando essa tendência escreveu este livro. O mérito desta história prende-se sobretudo nesse pormenor tão importante, uma ficção assente numa história verídica. (Texto integral aqui.)
3 comentários:
Obrigado Pedro Garcia Rosado, pela referência, e também pela generosidade.
Espero que possa voltar de novo ao assunto "colonial" pois é assunto inesgotável.
Aguardo também o regresso do Iran. :D
Um grande abraço e obrigado, por presentar os seus leitores, com histórias fantásticas e sobretudo nossas
Talvez o Iran regresse. Pode ser que o Gabriel Ponte o encontre porque houve uma investigação da Polícia Judiciária aos acontecimentos narrados no final de "A Guerra de Gil"...
Expectante... ficaram demasiados "vestígios" na Serra do Cabeço, para não serem investigados.
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