domingo, 6 de julho de 2014

Bem-aventurados os pobres em espírito porque deles é o reino dos céus


 
 
Com a gestão camarária de Caldas da Rainha indelevelmente marcada pelo Princípio de Peter e pela Lei de Murphy, não admira que tenha faltado a água no momento da inauguração do fontanário, que não haja uma ponta de brio a envolver a montagem de um dispositivo artístico (que menoriza a estação ferroviária e introduz uma rotunda ridícula onde não era necessária), que a exposição das peças seja um convite ao vandalismo numa zona urbana por onde pouca gente anda, que os residentes olhem para os animais de louça e pensem que eles são uma garantia de que os ciganos nunca mais passam por ali enquanto os ciganos se sentem gozados e ainda mais hostilizados do que é habitual.
Nem, tão pouco, que a coisa convoque irresistivelmente o que se tem por um provérbio chinês mas que faz parte da linguagem universal e de todos os tempos do marketing político: quando alguém aponta para a Lua, o idiota olha para o dedo.

 

Sem comentários: