A sensibilidade dos dinamizadores da Comunidade de Leitores das Caldas da Rainha, Carlos e Palmira Gaspar, e a excelência do Grupo Coral de Os Pimpões sob a direcção do maestro Joaquim António Silva deram ontem origem a um momento raro na sessão do Dia Mundial da Poesia, a que aqui fizemos referência.
O grupo coral interpretou poemas de Carlos de Oliveira ("Mãe Pobre", "Livre" e "Canto de Paz"), João José Cochofel ("Ronda"), José Gomes Ferreira ("Acordai" e "Jornada") e Luísa Irene Dias Amado ("Cantemos o Novo Dia") musicados pelo grande Fernando Lopes-Graça, com acompanhamento ao piano de Robert Patten, e fez-me recordar outros tempos. Não ficou atrás do que eu já tinha ouvido nos anos setenta, nem me lembro quando, do famoso coro da Academia dos Amadores de Música ao vivo e depois em disco. Foi um elemento de eleição, breve mas precioso.
Fernando Lopes-Graça é um dos muitos esquecidos deste país frágil que vive ao sabor de modas e não o merecia.
Fernando Lopes-Graça fotogrado por Augusto Cabrita (retirado de Vidas Lusófonas) |
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