"Darkly Dreaming Dexter", de Jeff Lindsay, a primeira história "policial" de um autor que obviamente não gostava nada de "policiais", tinha um certo potencial mas um desenvolvimento abominável: Dexter, filho adoptivo de um polícia, torna-se um assassino que mata para fazer justiça... e a primeira ameaça real com que se depara é um outro criminoso que - na história escrita - aparece quase no fim, aparentemente inventado à pressa, contra todas as regras do "thriller".
Detestei o livro e isso turvou a opinião que inicialmente tive sobre a série, cujos autores, na primeira temporada, perceberam que não se pode fazer aparecer assim um "bad guy" que... parecia ter sido chamado para a história quando ia a passar na rua.
Detestei o livro e isso turvou a opinião que inicialmente tive sobre a série, cujos autores, na primeira temporada, perceberam que não se pode fazer aparecer assim um "bad guy" que... parecia ter sido chamado para a história quando ia a passar na rua.
Actualmente, "Dexter" (na sua sexta temporada) alcançou alguma solidez, e muito graças à interpretação de Michael C. Hall. Só que, depois de duas temporadas mais fortes (em que Dexter ganhou um rival e depois uma colaboradora), parece agora uma série descontrolada, enredada na história tipo verbo-de-encher de mais um "serial killer", com a pitoresca irmã de Dexter feita tenente e angustiada por isso e um sugestivo ex-criminoso arrependido (o Irmão Sam) que desaparece demasiado depressa.
Mesmo assim, "Dexter" é de ver. E ao lado da pretensiossíma "Segurança Nacional", por exemplo, faz as vezes de obra-prima...
Dexter e o Irmão Sam: uma oportunidade perdida |
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