Inevitavelmente, é na CNN de agenda única: os arsenais da Rússia estão "esgotados" e este país já só sobrevive graças à Coreia do Norte. A fonte é uma entidade ucraniana e com óbvio preconceito, a Escola de Economia de Kiev, mas que interessa? Quando há uma agenda para cumprir, a "verificação de factos" é supérflua.
Mas depois é a própria CNN que se contradiz, ao noticiar a existência de um "arsenal infindável". Isto em matéria de drones, e porque a informação não ficou secreta. Quanto ao resto, estará tudo "esgotado".
Apesar do "esgotamento", a CNN lá garante que a NATO até já sabe que a Rússia vai "atacar" dentro de ano e meio. A Rússia está "esgotada" mas vai "atacar". Ninguém nota nisto uma contradição?
Poderá haver quem ache isto rigor jornalítico. Mas atentem só nesta definição de rigor jornalístico:
"O rigor informativo e a garantia de isenção são duas obrigações do trabalho jornalístico, estreitamente associadas à qualidade, fiabilidade e credibilidade da informação. Uma informação rigorosa é aquela que tem o seu conteúdo ajustado à realidade e reduzido grau de indeterminação: quanto mais rigorosa a informação mais confiável será; ao invés, o erro, a imprecisão, a dúvida ou a distorção podem implicar uma diminuição da qualidade e credibilidade informativas. Para que seja isenta pressupõe um esforço de distanciamento, de neutralidade e de independência do órgão de comunicação social em relação ao acontecimento ou intervenientes que são objeto de cobertura informativa. Deve ser relatada de forma isenta, imparcial, com clareza, de forma completa e com o enquadramento e a contextualização necessários à sua compreensão."
Este texto não é de qualquer publicação russa ou norte-coreana, mas sim da Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) e da sua definição para "rigor informativo e isenção". Não se aplica à CNN tuga, como se pode ver.




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