quinta-feira, 17 de julho de 2025

A irrelevância na primeira página


É possível que a inexistência de um público activamente comprador de jornais explique a displiscência com que se fazem primeiras páginas na imprensa nacional. Elas são essenciais, numa situação normal (jornais sustentados por quem os compra e não pelos anunciantes, como acontece em Portugal), para atrair compradores e, com isso, garantir uma base de sustentação económica.

Se fosse essa a situação, teríamos uma primeira página como esta onde dois assuntos sem importância têm um destaque relativamente desmesurado?


Imagem de fonte aberta de acesso público.

Que interessa mais um "estudo", na realidade? Para este tipo de imprensa, tudo o que é "estudo" é importante. E se atribuir um qualquer efeito nefasto ao calor... mais importante é. Só se esqueceram, ou não houve espaço, de classificar o "calor" das enxaquecas como "extremo", como está na moda neste verão. Depreende-se que o ar condicionado é que é universalmente bom, de preferência com aparelhos comprados na Worten, que é da família.

Depois, qual é a relevância da profissão do "líder de grupo de extrema-direita"? E se o "líder" fosse contabilista? Ou cura? Ou tradutor? Ou pediatra? Ou proxeneta?... Todos os guarda-costas são maus, é isso?

Isto venderia jornais? Não creio.




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