quarta-feira, 28 de fevereiro de 2024

Ler jornais já não é saber mais (207): parcialidade e censura

 

Regressemos ao número de militares ucranianos mortos (a que já aqui me referi): o presidente ucraniano anunciou que, desde o início do conflito, morreram 31 mil combatentes.

Não parece lógico, mas a interpretação que se faz é que, ao reduzir o número de baixas por morte, Zelensky quer, na sua eterna pedinchice e contra todas as evidências, garantir que há combatentes para todas as armas que ele quer que lhe sejam entregues.





O número dos 31 mil foi amplamente citado pela imprensa, que não se interrogou (ou não teve autorização para o fazer...) sobre a sua veracidade. 

Mesmo quando, por exemplo, no caso do "Expresso" (que cita várias fontes europeias), há outro número que é avançado. Está aqui: 70 mil. Mais do dobro.





O macabro anúncio do presidente ucraniano foi feito no dia 26. 

No dia 27 o ministro da Defesa da Rússia avançou outro número: já são 444 mil os militares ucranianos mortos.




É possível que o número dado pelo ministro Shoigu (a notícia pode ser lida aqui) seja exagerado. Mas uma coisa é certa: nenhum dos jornais que noticiaram os 31 mil de Zelensky deu a notícia dos 444 mil de Shoigu.

Ou seja: só um dos lados do conflito é que é contemplado nas notícias e o que diz o outro lado é descaradamente censurado.

Para saber mais é melhor não ler jornais...




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