quinta-feira, 24 de março de 2022

As máscaras como ícone de autoritarismo




Estas pessoas que a fotografia mostra são os participantes dos vários governos na reunião da NATO de hoje. Não há uma única pessoa que tenha na cara as máscaras que se tornaram uma espécie de amuleto.

A fotografia foi tirada vinte e quatro horas depois do anúncio do governo português de que, à pala do "estado de alerta" da covid-19, é obrigatório usar o trapo na cara em ambientes fechados. Quando nos outros países europeus essa obrigação está a desaparecer velozmente e quando, neste país, nos dizem que a cobertura da vacina (a tal que ia resolver o problema...) já chegou aos 100 por cento nas duas primeiras doses.

No entanto, esta decisão já nada tem a ver com a pandemia, que passou a endemia. Basta ver como este pobre povo, submisso e acobardado, anda por aí com a fraldinha na cara, mesmo nos seus próprios carros, para se perceber que, graças à campanha de medo, muitos continuarão a usar o trapo mesmo quando ele deixar de ser obrigatório.

A máscara tornou-se, claramente, um ícone do autoritarismo reinante sem qualquer relação com a realidade da prevenção de uma doença que nunca teve a gravidade que os avençados das farmacêuticas e os políticos medrosos lhe atribuíram.

Quando hoje se fazem contas sobre os anos passados em ditadura e em democracia seria preferível incluir os dois anos da pandemia do SARS-CoV-2 na contabilidade da ditadura.



 

2 comentários:

Anónimo disse...

O termo apropriado seria "focinheira"?

Pedro Garcia Rosado disse...

Também se pode dizer. https://dicionario.priberam.org/focinheira