Quando há um conflito (seja ele qual for, que tenha interesse público), a imprensa deve ouvir as partes envolvidas.
É uma regra sagrada do jornalismo e, onde isso não é possível, caberá ao jornalista enunciar essa impossibilidade por uma questão de transparência.
Neste conflito armado (a invasão russa da Ucrânia) só nos é transmitido, directa e indirectamente, o ponto de vista de uma das partes (o governo da Ucrânia).
Esta, já deu para perceber, tem uma política de comunicação, por vezes exagerada mas absorvida acriticamente pelos jornalistas intervenientes. A outra não tem política de comunicação ou, se tem, está bloqueada pelo boicote generalizado a tudo quanto é russo. (O melhor exemplo é o do Regimento Azov.)
Quem tenta raciocinar de forma independente, aplicando os seus conhecimentos, as regras de experiência comum e qualquer perspectiva informada, acaba por ser crucificado e transformado em "negacionista".
Foi assim com a pandemia (que já passou a endemia), é-o agora. Será sempre assim, pelos vistos.
São os novos tempos, com (mau) cheiro aos velhos tempos da Inquisição católica.
Sem comentários:
Enviar um comentário