sábado, 14 de setembro de 2024

A falência da imprensa

Da falência da imprensa, em geral, fala-se pouco e há três coisas que devem dizer-se a esse respeito: 

1. A imprensa nunca gostou de dar más notícias sobre si própria e isto nem é uma "má notícia". É muito pior do que isso. Mas a ocultação do facto não o elimina: a imprensa está falida.

2. Não vale a pena andar a falar da imprensa e da sua crise sem falar da sua situação económica e financeira.

3. A situação de falência económica e financeira da imprensa é, naturalmente, uma simples situação de falência de empresas, que acontece em muitas actividades, mas ela espelha, em toda a sua dimensão, o desaparecimento de compradores (ou seja, de clientes) e da publicidade cujas receitas, até certa altura, pareciam poder evitar a falência completa.

4. Não são os "apoios" do Estado, em que este governo parece estar muito interessado, que resolvem o problema. Não há "apoios" do Estado que salvem empresas que não conseguem obter receitas.

Vamos aos factos:









Esta informação foi publicada esta semana na publicação on line "Eco+M" com o título "Crise nos media? Veja as contas dos grupos não cotados em bolsa".

O respectivo texto pode ser lido na íntegra aqui


Desta análise fica excluída (mas sendo citada) a situação da Impresa ("Expresso", SIC e outras publicações) por estar cotada em bolsa. O seu prejuízo acumulado é de dois milhões de euros, problema que parece ser difícil de resolver. Estão também excluidas empresas mais pequenas, talvez pela sua reduzida dimensão.




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