Apesar de tudo, em tom esforçadamente mais sério e a propósito disto: o jornal on line "Observador" é um exemplo da degradação absoluta a que um qualquer projecto de jornalismo mais ou menos bem intencionado pode chegar.
Além do viés (des)informativo de que padece e, actualmente, o melhor exemplo é o da crise ucraniana, o "Observador" consegue ter uma coisa que nunca vi e que é um verdadeiro prodígio.
É o facto de ter um elemento da sua direcção (directora-adjunta, nada menos) a escrever sobre meteorologia com um frenesim que até se poderia justificar se os seus escritos nascessem do seu conhecimento, ou das suas pesquisas ou estudos. Só que não é o caso e a dita directora-adjunta limita-se a reproduzir não apenas o que sai da Lusa (uma agência de informações que já teve qualidade) mas o que é produzido por uma empresa de informação espanhola criada, e mantida, por geógrafos espanhóis. E, o que é pior, assina como autora de informações (nem consigo chamar-lhes "notícias"...) que nem foram obtidas por ela, como jornalista, que se calcula ser.
Recordo-me sempre de como conheci, há uns trinta anos, duas das pessoas que mandam no "Observador", e que eram jornalistas como eu, e de como tinha consideração e apreço pelo trabalho que as via fazer. E hoje, o que fazem é o "Observador". Observam muito, calculo, mas nem a elas se enxergam, quanto mais à realidade que as rodeia, de perto e de longe!
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