domingo, 1 de setembro de 2024

Patadas na língua, patadas no jornalismo (2)


Pode haver muitas explicações (que não são o mesmo que justificações) para a sucessão de asneiras e coisas sem sentido com que uma pessoa se depara todos os dias na chamada comunicação social escrita (incluindo os sites das televisões). Mas isso interessa pouco, neste caso. 

O que interessa, aqui, é perceber que há  pessoas que não sabem escrever (e imagina-se o que isso pode significar numa área profissional onde a escrita é fundamental...) e que os substantivos, verbos e outros elementos gramaticais são expressões de erros graves que, em aulas escolares, lhes daria notas muito negativas.

Vamos às asneiras, aos pontapés na língua. E na gramática, e no jornalismo.





Será que quem escreveu isto pensa que "primeira-ministra" significa que há uma "primeira" e uma "ministra" como pessoas diferentes, pelo que se justifica o plural "apanhassem"? 








Não é "um veleiro (...) afundou", mas sim "um veleiro (...) afundou-se". Porque, a seguir à letra o que fica escrito, falta saber o que é que o veleiro afundou. E uma das coisas que o veleiro "afundou" é o autor do textículo na sua própria ignorância.








E o segundo Stephen Chamberlain? Está vivo ou também morreu?






Nunca vi acidentes "feios" ou "bonitos". E se isto não é apenas uma tradução (?!) burra do inglês, onde "ugly" não significa apenas "feio", então será sadismo...







Não há "gostar que". há sim "gostar de". Ninguém diz "eu gosto que chocolate", pois não?







Pelo menos, soa mal: "ordenam acelerar". Verbo com verbo?! E que tal um modesto substantivo? "Ordenam a aceleração", por exemplo. Ou, mais directamente, "decretam a aceleração".






Uma "boa interessante"? Terá sido uma "boa constrictor"?






Quem é que não vai à varanda? A gaivota?







Que aconteceu ao simples, directo e completamente claro verbo "pôr"?!






Seguem... em que direcção?









A importação absurda do "supposedly" inglês (que não tem o mesmo significado desta forma do verbo português "supor") dá origem a parvoíces destas, cujo conteúdo é incompreensível. (Tal como, aliás, o objectivo da existência do clandestino "i", onde aparece esta anormalidade na primeira página.)








Tradução directa do inglês ("cross the world"). Em português, para a coisa ser clara e directa, escrever-se-ia "Há quem atravesse o mundo". Mas quando se escreve com os pés...



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