quarta-feira, 25 de março de 2020

Como "The Walking Dead" mas sem zombies




Aqui, no campo, já não se vêem forasteiros a passear, de carro ou a pé. Os vizinhos das três casas mais próximas saem, mas pouco. O ruído dos veículos a passarem depressa numa estrada com lombas, a dois ou três quilómetros de distância, já não se ouve. Uma estrada principal com algum trânsito depois das 9 horas está deserta.
Na cidade, a cerca de dez quilómetros, há menos gente em movimento do que num domingo à hora do almoço. Há ruas de Caldas da Rainha que parecem de uma cidade fantasma. Os supermercados, com as novas regras e menos gente, são um oásis de tranquilidade. E com papel higiénico nas prateleiras.
A ausência de estranhos deixa os bichos à vontade. Os faisões e as perdizes estão mais perto das casas. Na cerca do jardim já vi um esquilo e por duas vezes. Já apareceu um coelho a cobiçar as muitas sementes que os pássaros fazem voar da casa que foi das rolas e que agora é comedouro de numerosas espécies aladas. E um periquito azul já foi avistado por aqui, na semana passada.
É como "The Walking Dead", mas sem zombies. Pelo menos, por enquanto.




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