Não guardo memória de uma seguradora onde tenha sido, como cliente, atendido com diligência e rapidez nem mesmo naquelas situações de "sinistros" envolvendo automóveis em que o outro é, clara e assumidamente, o culpado.
Mas esta situação com a descendente da BES Seguros, a agora GNB Seguros, é que nunca tinha encontrado. Não sei, e tudo é possível, se é incompetência, falta de pessoal, falta de formação, má fé, impreparação. Sei é que isto é mesmo muito mau.
A história está aqui, com o essencial de uma exposição que seguiu hoje para esta empresa e para a Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões:
(…)
Passaram ontem, dia 8 de Março, duas semanas desde que
vos comuniquei a existência de infiltrações de água na minha cozinha e numa
casa-de-banho, comunicação que deu origem ao processo n.º 1020001642 nessa
seguradora.
A Autoridade de Supervisão dos Seguros e Fundos de
Pensões recomenda que
«Em caso de
sinistro o segurador deve, rápida e diligentemente:
• investigar o sinistro;
• avaliar os danos;
• pagar as indemnizações devidas.»
Não foi isso que aconteceu até agora. Pelo contrário: por
exemplo, na passada sexta-feira, dia 6.03.2020, às 18 horas (hora a que já não
era possível resolver nada!), recebi uma segunda visita do que me foi descrito
como “equipa técnica” e que foi, pela segunda vez, o vosso representante Sr. V.R., da empresa S.A..
A demora e o desinteresse por vós revelados neste
processo levaram-me a apresentar queixa à Autoridade de Supervisão e para a
qual segue, também, cópia desta carta, para ser junta ao processo de reclamação.
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Entretanto, a infiltração de água alargou-se e já há danos
bem visíveis, e talvez irreversíveis, na tijoleira, onde já aparecem gotas de
água, numa extensão mais vasta.
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Desconheço, nesta altura, quais são as vossas intenções quanto à resolução
desta situação.
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Disponho, segundo me foi dito e faz parte do contrato,
da capacidade de contratar uma empresa para investigar o sinistro, avaliar os
danos e fazer a reparação necessária.
Acontece, como vos foi comunicado, mostrado em
fotografias e testemunhado pelo Sr. V. R., que a fuga de água (já
identificada na canalização de água fria e que está a dar origem a uma perda
estimada de 15 litros por dia, segundo o trabalho de pesquisa efectuado por uma
empresa que chamei) se situa por baixo da tijoleira, que está nesta altura a
servir de tampão (de bloqueio) a uma inundação que seria mais grave .
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Isto significa, como é fácil de ver pelos danos na
tijoleira, que é necessário romper o chão para identificar com toda a
precisão a fuga de água e fazer a reparação.
Mas isto também significa que, nesse
instante, a água perderá o tampão que lhe limita os movimentos.
O que, por sua vez, significa, pelas regras da
experiência comum, que a água que existe debaixo do piso poderá sair
livremente alagar a cozinha (onde existem electrodomésticos e bancadas), a
casa-de-banho e a área anexa (corredor).
Decerto que a GNB-Seguros não quer alargar ainda mais
a extensão dos estragos nem que o seu segurado e família passem, mesmo que
temporariamente, a viver com os pés metidos na água.
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Se é necessário fazer um orçamento para a reparação,
não é possível elaborá-lo com precisão sem saber se, nesta altura, a fuga está
aqui ou ali, ou aqui e ali.
É preciso abrir e poder
reparar, de imediato, se tal se revelar imediatamente necessário.
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Assim sendo, o que venho solicitar-vos, nas condições
previstas na apólice e naturalmente sujeito ao trabalho de fiscalização de
quaisquer “equipas técnicas” que queiram mobilizar, é que me seja comunicado por
escrito e com a maior urgência, por e-mail ou outro meio, que posso entregar a uma
empresa escolhida por mim a tarefa de:
7. 1– Abrir o chão para localização precisa da ruptura
e
7. 2– De imediato, se as circunstâncias o exigirem,
reparar a ruptura, ou pelo menos, assegurar o seu bloqueio para que a água não
alastre ainda mais para a superfície.
7. 3 – Fazer o respectivo orçamento e
7. 4 – Efectuar a reparação.
Nessa altura, já será naturalmente possível fazer um orçamento
rigoroso, que deverá ainda incluir, muito provavelmente, a reposição dos pisos
afectados, no todo ou em parte (se for possível encontrar material idêntico),
dada a amplitude dos estragos.
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Não me oponho, e proponho-vos e até vos solicito (em
nome da transparência e da urgência!), que esta obra seja, da forma que
entenderem necessária, acompanhada, quando e como quiserem, pelas vossas
“equipas técnicas”, a partir do preciso momento em que o pavimento for aberto.
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É do nosso maior interesse, até porque conheço o seu
trabalho e essa empresa conhece as infraestruturas da minha residência por já
ter feito trabalhos de reparação e manutenção, podermos recorrer à reputada
empresa E., de Caldas da Rainha, que até tem a vantagem superlativa de
estar geograficamente muito mais próxima de minha casa.
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Não tenho, repito, qualquer obstáculo a que estes
procedimentos sejam acompanhados pelas vossas "equipas técnicas" em
nome da transparência e com todo o respeito pelo vosso âmbito de intervenção, apesar de, até
agora, elas não terem contribuído para a resolução diligente do
problema.
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Se recusarem esta solução que proponho, peço desde já que
11.1
me forneçam, e com urgência, os seguintes
elementos:
(a)
fundamentos da recusa;
(b)
termos contratuais da apólice em que se estribam;
(c)
registo da abertura do processo e a sua data;
(d)
as gravações das minhas chamadas telefónicas
efectuadas no domingo, dia 23.02.2020; na 4.ª feira, dia 28.02.2020; na 4.ª
feira, dia 4.03.2020;
(e)
os relatórios da “equipa técnica” efectuados na
sequência das visitas/vistorias dos dias 2.03.2020 e 6.03.2020.
e
11.2
me indiquem, com urgência, qual a
empresa, em alternativa, que virá, em vossa representação e com mandato vosso,
para
1-– Abrir o chão para localização precisa da ruptura e
2-– De imediato, se as circunstâncias o exigirem,
reparar a ruptura, ou pelo menos, assegurar o seu bloqueio para que a água não
alastre ainda mais para a superfície até à reparação definitiva.
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Esta diligência que agora faço, e que será complementada com informações
adicionais, não exclui, se necessário for, o recurso a outras instâncias.
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Reafirmo que a vossa incapacidade de responderem em
tempo útil faz com que aumente a extensão dos danos e, consequentemente, o
valor da reparação.
(…)
Entretanto, se algum dos meus leitores por acaso tiver seguros na GNB Seguros, fica o aviso: saia de lá porque, em caso de "sinistro", está lixado e bem lixado!