quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Estará a Câmara das Caldas a querer soterrar vestígios arqueológicos na Praça da Fruta?

 
"A prudência fez com que o Município efectuasse sondagens até à profundidade da intervenção das obras previstas, não para identificar qualquer pré-existência de valor significativo mas para salvaguardar que essas obras em nada afectariam as possíveis existências no subsolo. O CDS não pode desconhecer que a 60 centímetros de profundidade foram encontrados vestígios 'arqueológicos', o que a indicia que a cotas mais profundas levaria com toda a certeza a uma necessidade de proceder a escavações que teriam uma duração não compatível com a continuidade da Praça da Fruta enquanto tal."
Esta declaração do vereador Hugo Oliveira, da Câmara Municipal de Caldas da Rainha, publicada hoje pelo "Jornal das Caldas", é uma resposta à proposta do CDS de suspender as obras na Praça da Fruta, desta cidade, para reformular o projecto.
E esta declaração tem um iniludível significado subentendido: abaixo dos 60 centímetros há alguma coisa que levaria à interrupção das obras e a escavações arqueológicas.
Ou seja: poderá haver no subsolo elementos que ajudem a contar a história da cidade de Caldas da Rainha, com valor arqueológico que pode ser importante, apesar de o vereador Hugo Oliveira, licenciado em Direito e não em História, não ter essa opinião.
Por esse motivo, a Câmara Municipal de Caldas da Rainha devia ter suspendido, ela própria, as obras para que fosse feita uma avaliação minimamente rigorosa do que existe no subsolo.
Não o tendo feito, e sugerindo o vereador que há mais alguma coisa do que aquilo que diz, a câmara está a ocultar qualquer coisa... que ninguém sabe bem o que é.

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