O Festival Internacional de Cinema do Porto (Fantasporto) volta à cena a partir de 28 de Fevereiro, na sua 34.ª edição que, tendo sido uma das mais difíceis de concretizar, é, pelo programa que aqui se pode consultar, pode vir a ser uma das melhores.
Numa época de clara depreciação do cinema e de crise económica, a insistência deste festival de cinema em afirmar-se e em se manter é uma lição de vida e uma declaração de resistência que honra os seus criadores Beatriz Pacheco Pereira e Mário Dorminsky, que voltaram a lançar se à aventura sem recuar perante dificuldades diversas e incompreensões várias.
© "Correio da Manhã"
|
O êxito do Fantas é, antes de tudo, o êxito deles: de uma mulher e de um homem que já faziam muito pela visibilidade e pela dignidade cultural do Porto e do País quando muitos dos seus conterrâneos ainda se deixavam cativar pelas lantejoulas lisboetas.
É possível que Beatriz Pacheco Pereira e Mário Dorminsky nunca venham a ter o reconhecimento oficial que deviam ter, na sua cidade, na sua região e no seu país, mas têm o reconhecimento e a gratidão de muitos admiradores, de muitos amigos e das muitas pessoas que sabem distinguir o valor alheio apesar dos filtros que às vezes lhes tentam impor.
Sem comentários:
Enviar um comentário