Um dos problemas, talvez o principal, do "policial" português é o estereótipo.
Os seus "heróis" são quase todos estereótipos, pastiches ou caricaturas pretensamente sérias de dezenas de outros "heróis" que vêm mais da memória de coisas vistas ou lidas do que da capacidade criativa de quem escreve as suas histórias.
Num género literário que exige, nas suas características mais comuns, uma personagem principal suficientemente interessante, apelativa e original, passamos a ter histórias que podem estar bem contadas mas que são conduzidas por caricaturas.
O mais natural é que na origem desse equívoco esteja o desinteresse desses autores pelo género literário onde querem aventurar-se, alheando-se dos seus padrões e daquilo que o público nacional efectivamente deseja ler.
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