Até poderá haver quem pense que nem vale a perder tempo com programas eleitorais porque nem os eleitores os lêem nem os eleitos o cumprem (porque não podem, porque não querem, porque não são exequíveis).
Mas ninguém se arrisca a dizê-lo, claro.
Só que os programas são essenciais e não apenas para os eleitores mais atentos saberem o que devem esperar. Servem, também, para mostrar o que sabem os candidatos sobre cada região, momento, ou eleição em que se apresentam.
No caso de eleições autárquicas, em que é maior a proximidade eleitos - eleitores, os programas eleitorais também revelam a essência de cada candidatura - saberão o que andam a fazer?
Por outro lado, espera-se que quaisquer candidatos que já conheçam um concelho, que identifiquem os seus problemas do dia a dia ou que estiveram anteriormente em qualquer órgão autárquico apresentem facilmente as suas perspectivas.
Até porque... têm estado cá, ou não?
Por isso é que não consigo compreender por que motivo é que o PSD, o PS, o CDS, o PCP e o BE não apresentam os seus programas para as eleições que se realizam... dentro de 34 dias. Não têm andado por cá? Não andam pelas juntas e pelas assembleias de freguesia? E pela Assembleia Municipal? E até na Câmara? Não têm ao seu dispor máquinas partidárias, funcionários, prestadores de serviços em que gastam o dinheiro que têm e não têm?
O contraste continua a ser marcante: o Movimento Viver o Concelho (MVC), formado por cidadãos independentes à margem das tribos partidárias, apresentou desde muito cedo programa, perspectivas e intenções (está tudo aqui).
É por isso que, sabendo já o que querem fazer e percebendo a sua ligação à realidade e ao dia-a-dia do concelho, os apoio.
Os outros, de facto, não me dizem nada (ou dizem, mas não é para os apoiar). Nem a ninguém, já agora.
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