Fernando Costa, o histórico
do PSD que é presidente da Câmara Municipal das Caldas da Rainha há anos demais
(e que foi agora “exportado” para Loures em mais uma das trocas e baldrocas que
caracterizam as nossas eleições), deixa uma situação armadilhada para a posteridade.
O PSD está dividido entre o
provinciano Tinta Ferreira, símbolo portentoso da elite caldense que ignora o
resto do concelho, e Hugo Oliveira, vereador que reúne as simpatias de sectores
juvenis e que, apesar de tudo, talvez tenha maior sensibilidade para as
especificidades do concelho… se for bem aconselhado.
Para trás parece ter infelizmente
ficado a vereadora e deputada à Assembleia da República Maria da Conceição
Pereira, que poderia ser a candidata mais abrangente do PSD. E é pena que não
o seja. Maria da Conceição conhece o concelho quase todo, é
mulher e seria capaz de congregar os votos dos sectores femininos das Caldas e
introduzir uma perspectiva nova nestas eleições.
Com um processo polémico
pelo meio, quer apresente Tinta Ferreira ou Hugo Oliveira, o PSD vai ser
penalizado nas eleições. Por estar no Governo mas também por não conseguir ser
capaz de fazer melhor e de aproveitar as poucas coisas boas de Fernando Costa,
de o fazer esquecer e de ver o concelho como ele realmente é: como um todo, com
potencialidades enormes em quase todos os domínios e com fragilidades
económicas e sociais que só se mantêm por inércia e incompetência.
Como partido dominante no
concelho, o PSD tem uma responsabilidade que não devia deixar diluir-se numa
guerra intestina de facções. Mas é o que vai provavelmente acontecer.
Não acredito que a
preponderância do PSD esteja posta em causa nas Caldas da Rainha (a falta de
qualidade das oposições ajuda) mas não vislumbro na candidatura que possa
sair deste partido qualquer factor capaz de atrair os eleitores mais atentos e
que não votam por simples obrigação. De qualquer modo, daqui a quatro anos há mais...
Amanhã: os independentes na caça aos gambozinos
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