Ainda não consegui perceber o papel das oposições
(PS, PCP, BE… e CDS em dias alternados) no actual estado de coisas da
política autárquica de Caldas da Rainha.
O que mais fazem nas reuniões da Assembleia
Municipal são provas de vida discursivas sem efeito prático, denúncias de ruas
sujas e de lâmpadas fundidas (mas só na cidade, que desconhecem o resto do
concelho) e votar contra a redução da taxas do IRS, do IMI e da derrama
enquanto a nível nacional se esganiçam a criticar o Governo… que aumenta esses
impostos. Quando há eleições, começam a chegar-se, tipo aves de arribação, para
depois irem às vidas deles quando termina o processo eleitoral.
Há duas ou três semanas, o PS local – eterno
órfão do promitente político local que seria António José Seguro – foi animado
por uma polémica entre dois candidatos a candidatos autárquicos. Não percebi a
diferença entre os candidatos a candidatos. Nem, tão pouco, o que pretendiam
para lá da glória de meia-dúzia de meses mais animados. Um deles, cujo nome não
fixei e não tenho paciência para ir procurar, será o candidato do PS à câmara.
Não vejo que seja vantajoso para os residentes no concelho.
O afastamento do “país real” é comum a todas
estas aves de arribação mas há quem seja sincero e se limite a ter esperança.
Foi o caso de um jovem dirigente local do BE das Caldas que no “Jornal das
Caldas” garantiu: “em menos de dez anos será possível mudar o rumo político da
região”.
Eis um bom conselho que o jovem Rui Calisto, mais
sabedor do que os seus companheiros mais velhos, dá aos seus colegas das oposições:
voltem daqui por dez anos. E até é capaz de ter razão…
Amanhã: o dilema bicéfalo do PSD
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