As greves nos transportes públicos, com epicentro em Lisboa e no Porto, não páram, como revela a ementa publicada hoje pelo "Diário de Notícias", que se entusiasma sempre com estas coisas.
Se não é por um motivo é por outro. Se não for por esses, há-de encontrar-se um terceiro. Já não interessa que isso afecte a população (que deve andar a contribuir para o bem-estar das empresas privadas do sector, se não dispuser de melhor alternativa...), já não interessa que essas empresas públicas deixem de ter dinheiro para pagar salários ou que entrem em falência.
Já entra tudo na rotina quotidiana e na rotina das notícias e não há ninguém que pergunte como é que esses grevistas de há tantos meses ainda têm dinheiro para continuarem a fazer greve. Ou ganham muitissimo bem ou têm outros empregos ou alguém suporta os cortes salariais que devem decerto sofrer.
Em 1974 e em 1975, o PCP de Álvaro Cunhal combatia este tipo de greves, na altura dinamizadas pelo MRPP. Mas o PCP de Jerónimo de Sousa e de Arménio Carlos agora apoia-as. Devem pensar que é assim que conquistam o mundo. Mais facilmente conquistarão o lugar que o BE ainda vai ocupando.
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