Se o actual governo caísse e houvesse eleições - o que é um mecanismo natural da democracia -, seria natural só termos outra vez governo em Fevereiro.
Não haveria Orçamento de Estado para 2013 antes do próximo ano, o que daria um péssimo sinal às entidades internacionais.
O sexto exame regular da "Troika", em Novembro, seria um problema e a prestação seguinte do empréstimo internacional ficaria em dúvida.
Poderia não haver dinheiro para salários, pensões e obrigações sociais do Estado.
O PS de António José Seguro ganharia possivelmente as eleições. Saber quem mandaria nele (se Seguro, Costa, Soares ou Sócrates por interpostas pessoas) seria, no entanto, um problema.
Depois de alguns meses de "estado de graça" (utilizando o dinheiro que ainda houvesse, se houvesse dinheiro...), o governo do PS voltaria a negociar com a "Troika" a continuação do "programa de ajuda".
O "ajustamento" seria prolongado, arrastando mais uma austeridade talvez mais enfeitada (e aceitável por ser de um partido "de esquerda"). Os juros voltariam a subir. A contestação voltaria à rua.
Poderia haver novamente eleições legislativas (antecipadas) em 2016.
A vitória poderia sorrir a um PSD eventualmente capitaneado por Durão Barroso.
Seria difícil, numa sequência destas, que o país pudesse ganhar alguma estabilidade antes de 2018.
Talvez nessa altura a economia começasse finalmente a recuperar.
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