O escritor norte-americano ganhou uma merecida notoriedade com os filmes "Mystic River", "Gone Baby Gone - Vista Pela Última Vez" e "Shutter Island", marcando este romance uma pausa na carreira do autor.
"Shutter Island" ganhou com a adaptação de Martin Scorsese mas, na origem (e no filme), a história é frouxa e não é nada original - já em 1978, o escritor William Hjortsberg publicara "Falling Angel" (adaptado ao cinema com o título de "Angel Heart - Nas Portas do Inferno"), onde o protagonista principal descobre que é ele próprio a personagem de quem andava à procura. Talvez por isso, fiquei decepcionado com "Shutter Island", depois de ter lido praticamente todas as outras obras de Lehane.
Li agora "The Given Day", o seu romance seguinte, e recuperei a fé em Lehane. É uma história passada em Boston logo a seguir à Primeira Guerra Mundial, centrada em duas personagens marginais à sua maneira (um polícia branco que se torna sindicalista e um negro em fuga), com mais de setecentas páginas na sua edição de bolso (que, no entanto, se lêem muito bem) e uma introdução (protagonizada pelo famoso jogador de basebol Babe Ruth) que pode afastar os leitores não americanos. Aconteceu-me, de início, mas rapidamente recuperei o interesse na leitura.
A "The Given Day" juntou-se agora mais um título da série com dois investigadores privados de onde também saiu "Gone Baby Gone": "Moonlight Mile" (pormenores aqui). Hei-de ler.
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