Ruth Rendell, a melhor escritora de “thrillers” de toda a literatura está de volta com “The Vault”.
Nesta nova história, o inspector Wexford reformou-se e anda a passear, com a mulher, entre a sua casa de Kingsmarkham e a casa de uma das filhas em Londres, e acaba a ajudar um antigo colega ao serem descobertos quatro corpos numa casa de Londres – a mesma casa onde foram escondidos os três cadáveres do romance “A Sight For Sore Eyes” (1998) e a que entretanto se juntou um quarto.
“The Vault” é uma criação extraordinária, no modo como se interliga com “A Sight For Sore Eyes” e como, num processo quase irónico, Ruth Rendell estabelece a ligação entre as duas histórias. E é um abençoado regresso, depois de a autora ter decidido pôr fim à série. O inspector Wexford é uma das grandes personagens da “literatura policial” e, mesmo reformado, pode continuar a entreter os muitos fãs de Ruth Rendell. Além do mais, “The Vault” tem uma vantagem adicional: funcionando de modo independente relativamente a “A Sight For Sore Eyes”, convida à releitura deste livro. Com o mesmo prazer da primeira leitura.
Ruth Rendell, fotografada para "The Guardian" por Murdo Macleod |
E, a propósito, o que é pena que, há que repetir o lamento do costume: Ruth Rendell (mesmo com o “alias” de Barbara Vine) desapareceu da edição portuguesa, talvez por não estar na moda ou por não ser sueca ou porque a memória é curta e os conhecimentos também, ou porque, simplesmente, há muita gente distraída.
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