quarta-feira, 21 de maio de 2025

Ler jornais já não é saber mais (242): a desistência

Não tenho a certeza de como cheguei ao jornal on line ucraniano "Strana", a que aqui já me referi, mas penso que terá sido por uma ou várias referências que lhe foram feitas pelo advogado inglês Alexander Mercouris no seu canal de análise política no YouTube. A partir desse momento, e quando o Google me passou a fornecer o "Strana" com tradução (automática) do ucraniano ou do russo (as duas línguas usadas pelo "Strana"), passei a consultá-lo com a mesma regularidade com que consulto os sites americanos "Axios", "Politico" e "The Hill", o inglês "UnHerd" ou os russos Tass e Sputnik. Todos, aliás, antes mesmo da melancólica imprensa nacional. Como qualquer pessoa pode fazer.

Foi depois através do "Strana" que cheguei a este novo órgão de informação ucraniano, o "Bihus", um projecto on line de vários profissionais que tem voltado as suas atenções para a atmosfera de corrupção que paira sobre a Ucrânia. 





E foi no "Bihus" que encontrei uma notícia sobre dois elementos muito relevantes: as fortificações concebidas para a defesa ucraniana estão a ser edificadas com deficiências, que são causadas pelo desvio das verbas ofereidas por outros países e são membros da hierarquia política, com ligações ao círculo de poder de Zelensky, que ficam com o dinheiro:




Ou seja, em termos práticos: há quem, num país em guerra (numa guerra sem expectativa de vitória) desvie dinheiro que iria servir para mecanismos de defesa (apesar de inconsequentes) e quem o faz são os chefes políticos e militares que deviam dar o exemplo.

A notícia, que só consolida a imagem de corrupção generalizada vigente na Ucrânia (que se vai sustentando com dinheiro alheio) não chega à imprensa oficial do chamado "Ocidente alargado" e, muito menos, à portuguesa. 

Tenho de dizer que são sei porquê, claro, mas, além do que desconfio, devo também pensar que a pesquisa e a aquisição de mais, e mais alargados, conhecimentos por parte dos jornalistas já foi, nos nossos dias, chão que deu uvas. Desistiram da sua profissão, portanto. 


Sem comentários: