domingo, 11 de agosto de 2024

O PSD ainda pode recuperar a Câmara Municipal de Caldas da Rainha? (1)



Não sei. Mas já começo a pensar que já não.

Há poucos meses, uma fonte do PSD disse-me que havia duas hipóteses para a candidatura do PSD à Câmara Municipal de Caldas da Rainha nas eleições que devem ocorrer no Outono de 2025: o antigo presidente Fernando Costa e o ex-vice-presidente, e deputado na Assembleia da República, Hugo Oliveira. O primeiro preferia, no entanto, presidir à Assembleia Municipal (como agora ele próprio confirmou) e o segundo, por motivos pessoais, preferia manter-se na Assembleia da República.


Hugo Oliveira


Fernando Costa


Sempre pensei que Fernando Costa poderia, tranquilamente, ganhar as eleições de 2025 e já o escrevi aqui

Na sua ausência, Hugo Oliveira (um quase n.º 2 de Costa e  n.º 2 do derrotado de 2021, Tinta Ferreira) também poderá ser um bom candidato. Tem experiência da Câmara Municipal e das lides políticas ao nível autárquico, já está neste meio há muitos anos e, crítico que fui dele, acredito agora que terá experiência, conhecimento e reconhecimento para poder vencer e ser um bom presidente. A ser candidato, votarei nele e apelarei ao voto na sua lista e no PSD.

Só que ainda não há uma decisão. 

Fernando Costa, que é um "histórico" do PSD, talvez por nada parecer estar decidido, já se candidatou publicamente a entrar numa lista para poder chegar à Assembleia Municipal. (A entrevista que deu à "Gazeta das Caldas", sobre isso, pode ser lida aqui.) Falta o resto: o candidato à presidência da Câmara Municipal. E acho que o tempo não corre de feição para quem se atrasar.

O actual presidente da Câmara Municipal, com o seu partido unipessoal (Vamos Mudar) já lançou há meses a sua campanha para a reeleição. A gestão municipal deste empresário é uma catástrofe para o concelho e o seu objectivo está à vista, há muito tempo: é o seu próprio interesse pessoal que o move e não o interesse público.

Concentrou todos os esforços em festas e festarolas (que não devem ter falta de financiamento municipal...) e lançou uma campanha de obras de repavimentação de ruas, com olho nos efeitos práticos de medidas que caem sempre bem. E, beneficiando da cumplicidade da imprensa local (que mais parece promovê-lo do que escrutinar as suas acções), tenta evitar tudo o que seja danoso para a sua imagem. Como é o caso da construção do novo hospital do oeste. Ou as suspeitas que, de vez em quando, vão aparecendo na espuma dos dias. E sem ter uma oposição sólida, coerente e permanente.

Com excepção do PSD, que é o único partido de poder neste concelho mas que vai arrastando os pés, os restantes partidos limitam-se, agora como sempre, a uma gestão de assuntos correntes e a pouco ambiciosas provas de vida durante os quatro anos que medeiam entre cada eleição. Depois, lá fazem as suas campanhas, perdem (sempre) e hibernam. O PSD tem tido alguma actividade política... mas nada que realmente se note na perspectiva do combate eleitoral de 2025 a que não pode fugir.

A mesma fonte que citei no início mostrou-se convicta de que o PSD tem a vitória ao seu alcance nas eleições de 2025, porque há um grande descontentamento (mais do justificado, note-se) no eleitorado local relativamente à gestão municipal do Vamos Mudar. 

Mas, acrescento eu, para isso, o PSD tem de dizer o que quer fazer no concelho e, em especial, dizer quem o vai fazer. E cada vez mais vai sendo tarde...



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