segunda-feira, 22 de julho de 2024

Patadas na língua, patadas no jornalismo (1)

 

Não sou académico. investigador ou estatístico para o dizer com a certeza de qualquer estudo científico. Mas basta ver, no dia a dia da comunicação social (aquela onde, há dezenas de anos, foram jornalistas homens e mulheres que são, e foram, escritores de relevo), a sucessão de erros, daquilo a que popularmente se chama "calinadas", que aparecem por todo o lado.

É certo que parecem já não existir as secções de revisão que eram guardiões, às vezes demasiado ortodoxos, do património da língua e das letras portuguesas. Mas, mesmo não compensando esse défice, há dicionários acessíveis on line, há o Ciberdúvidas, há maneiras de, através do Google e com algum raciocínio, chegar à forma correcta de escrever uma palavra.

Os exemplos dessas verdadeiras patadas dadas na língua portuguesa por quem, obviamente, não sabe escrever aparecem praticamente todos os dias e os exemplos que aqui reuni são apenas de órgãos noticiosos que estão on line. Hão de existir muitos mais. 

E se este apanhado pode dar vontade de rir, ele é também um retrato aterrador da impreparação e da falta de cultura de quem escreve na imprensa. É isso que é necessário perceber.




"tornado em intelectual"? O correcto seria "tornado intelectual" ou "transformado em intelectual"





"as testemunhas tratam-se"? De que doença?



A palavra "teatreiras" não existe. 





Será preciso registar aqui que a forma mais correcta e mais simples seria
"a NATO é uma organização..."?





O mal de não haver revisão...





Uma calinada, infelizmente, demasiado comum: por que raio é que não escrevem, como seria correcto, "faltam informação e acompanhamento"!?




Marques Mendes tem um problema sério com os acentos...




... e devia corrigi-lo na sua corrida ao assento de Belém.







No original (inglês) há de estar "deploy". Ou seja, pôr, instalar,
destacar para... Mas agora... "desdobrar"?!





Um recurso interposto, por exemplo, não é o mesmo que um entreposto!




Alguém percebe o que isto significa?!




Quem escreveu esta de "dar gafes" devia estar a pensar (ou a precisar de...)
em "dar peidos".






Ou seja: as "perícias" apropriaram-se de "cópia" que os "documentos" tinham em seu poder.






Não consigo perceber o fascínio pelo verbo "colocar" quando o verbo "pôr"
é mais simples e, por isso, mais eficaz... e até está no texto.






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