Não sou académico. investigador ou estatístico para o dizer com a certeza de qualquer estudo científico. Mas basta ver, no dia a dia da comunicação social (aquela onde, há dezenas de anos, foram jornalistas homens e mulheres que são, e foram, escritores de relevo), a sucessão de erros, daquilo a que popularmente se chama "calinadas", que aparecem por todo o lado.
É certo que parecem já não existir as secções de revisão que eram guardiões, às vezes demasiado ortodoxos, do património da língua e das letras portuguesas. Mas, mesmo não compensando esse défice, há dicionários acessíveis on line, há o Ciberdúvidas, há maneiras de, através do Google e com algum raciocínio, chegar à forma correcta de escrever uma palavra.
Os exemplos dessas verdadeiras patadas dadas na língua portuguesa por quem, obviamente, não sabe escrever aparecem praticamente todos os dias e os exemplos que aqui reuni são apenas de órgãos noticiosos que estão on line. Hão de existir muitos mais.
E se este apanhado pode dar vontade de rir, ele é também um retrato aterrador da impreparação e da falta de cultura de quem escreve na imprensa. É isso que é necessário perceber.
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"tornado em intelectual"? O correcto seria "tornado intelectual" ou "transformado em intelectual" |
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"as testemunhas tratam-se"? De que doença? |
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A palavra "teatreiras" não existe. |
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Será preciso registar aqui que a forma mais correcta e mais simples seria "a NATO é uma organização..."? |
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O mal de não haver revisão... |
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Uma calinada, infelizmente, demasiado comum: por que raio é que não escrevem, como seria correcto, "faltam informação e acompanhamento"!? |
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Marques Mendes tem um problema sério com os acentos... |
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... e devia corrigi-lo na sua corrida ao assento de Belém. |
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No original (inglês) há de estar "deploy". Ou seja, pôr, instalar, destacar para... Mas agora... "desdobrar"?!
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Um recurso interposto, por exemplo, não é o mesmo que um entreposto! |
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Alguém percebe o que isto significa?! |
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Quem escreveu esta de "dar gafes" devia estar a pensar (ou a precisar de...) em "dar peidos". |
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Ou seja: as "perícias" apropriaram-se de "cópia" que os "documentos" tinham em seu poder. |
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Não consigo perceber o fascínio pelo verbo "colocar" quando o verbo "pôr" é mais simples e, por isso, mais eficaz... e até está no texto. |
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