Manchete do "Jornal das Caldas", de 20.07.24 |
A notícia do apoio parlamentar à construção do novo Hospital do Oeste no Bombarral é dada pelo "Jornal das Caldas" na sua edição desta semana (10 de Julho), mas a aprovação desta recomendação na Assembleia da República foi feita no dia 4 de Julho, com os votos a favor do PS, BE, PCP, Livre e PAN, e a abstenção do PSD, Chega, Iniciativa Liberal e CDS-PP.
A decisão parlamentar tem, portanto, uma semana. E parece estar envolvida num pesado manto de silêncio no concelho de Caldas da Rainha, onde o actual presidente da Câmara Municipal de Caldas da Rainha parece ter perdido o pio. E, com ele, a vergonha.
Nem uma conferência de imprensa, como já tinha feito. Nem uma declaração de "luto". Nem cartazes (pagos pelos nossos dinheiros). Nem manifestações. Nem um suspiro nas redes sociais, onde, no caso do Facebook, abundam as notícias de festividades num contraste gritante com a ausência de qualquer pronunciamento que, há um ano, era tão, mas tão importante.
Vítor Marques, ao reivindicar a exclusividade do novo hospital, conseguiu isolar o concelho de Caldas da Rainha dos restantes concelhos do Oeste. Lançou-se numa luta exacerbada (que também não durou muito tempo), com proclamações de "luto", manifestações de rua (incluindo em Lisboa, onde esbarrou nas portas fechadas da Assembleia da República, num sábado...) e ainda conseguiu arrastar uma boa quantidade de iludidos.
Esta decisão, acompanhada pela recomendação de obras nas estruturas hospitalares já existentes (no hospital de Caldas da Rainha, entre outros, portanto), é uma estrondosa derrota para Vítor Marques.
E depois do que fez, do que disse e do dinheiro público que gastou nos seus protestos, devia demitir-se. Não o fazendo, só mostra que, perdendo a face, também perdeu a vergonha. E de vez.
*
Lembrem-se da campanha dele:
Sem comentários:
Enviar um comentário