domingo, 14 de julho de 2024

Gente repugnante



Mais uma vez: vão-se embora, não sei durante quanto tempo, e o cão fica. Não sei se tem água ou comida, mas sei que está por lá, entregue a si próprio, que se lixe. 

É um cão pequeno, tipo podengo, talvez com uns dez anos, obrigado a viver no exterior da mansão e dos seus anexos aciganados, que anda por fora à vontade sem que estas criaturas humanas se ralem com o que possa acontecer, crescentemente hostil a quem passa (mas, depois, tão cobarde como eles, que parecem achar bem que o cão ladre a todas as pessoas e outros cães, saindo mesmo da cerca para o fazer). 

Neste folhetim de anos em que praticam esta versão de maus-tratos a animal de companhia, já os denunciei à GNR, mas de nada serviu. Pode ser inércia, incapacidade das autoridades ou, apenas, o que me faz suspeitar de que hão de estar bem respaldados. 

São gente repugnante, arrogante, de quem a vizinhança, unanimemente, não gosta. 

Julgam-se os reis da região, têm criada às ordens a quem tratam como escrava, e que assim se deixa tratar e de forma humilhante, e o que vou vendo faz-me pensar que se aproveitam bem, digamos assim, do estatuto social que terão, ele como médico (mas, enfim...) e ela como professora.

Infelizmente, esse estatuto não os faz tratarem bem da criatura de quatro patas que, para todos os efeitos, mantêm em situação de abandono, sem cuidarem, sequer, do belo exemplo que estão a mostrar aos netos que gostam de exibir.



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