A empregada (mais criada, parece-me) dos emproados e arrogantes vizinhos de baixo sai a empurrar um carrinho de mão com caixas de cartão e um saco, tudo aparentemente destinados ao lixo.
O patrão dela sai segundos depois, de carro, e ela até se desvia, a manobrar o carrinho de mão. Ele nem parece dirigir-lhe a palavra ou acenar-lhe e segue viagem. Lixo? Não é com ele. Aliás, parece-me que, para ele, nem lixo, nem louça suja (já vi a empregada a transportar louça de um barraco onde devem ter tido um almoço na véspera, para a casa) nem nada que se pareça.
Depois de o patrão se afastar, no carro, ela começa a descer a rua, a empurrar o carrinho de mão, a caminho dos contentores com separação de lixo que ficam a cerca de 500 metros.
Já percebi, há vários anos, o tipo de gente que estas criaturas são, já vi como se comportam com animas e pessoas e se alguém me contasse isto... até teria dificuldade em acreditar que o gajo fosse capaz de fazer isto. E é ele médico (mas já sei conheço uma sua doente, ou ex-doente...) e ela professora...
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