terça-feira, 11 de junho de 2024

Do fundo da retrete da memória


Comentei no Facebook um post alheio, e correcto, sobre um exercício de arrogância de uma dama de terceira linha da nomenklatura jornalística (fiquemo-nos pelas iniciais, que não merece mais: ASD) e eis que me saiu ao caminho uma versão antropoide de um daqueles caniches mal dispostos que ladram mais do que mordem e com apelido que parece nome de bolo folhado com doce de ovos (do mesmo modo: JMM).

A minha observação, para melhor conhecimento do perfil da dama, tinha sido esta: em 1978, quando fui trabalhar para o matutino "o diário", a pessoa em questão era secretária do director (tem direito a nome completo, apesar de tudo: Miguel Urbano Rodrigues). Depois passou de secretária a jornalista. Não tenho memória de alguma vez se ter distinguido como jornalista e o estatuto que depois obteve não justifica o apreço que parece suscitar em algumas pessoas. E, já agora, nem deixo aqui nenhuma especulação sobre as suas fases laborais.

O meu comentário, muito factual, fez com que o dito JMM saísse a terreiro e me atacasse, acusando-me, num primeiro rosnido, de ser "falso". 

Situando o facto (a posição de secretária de ASD) em 1978, perguntei-lhe nessa altura quando é que ele tinha ido para lá. Apressou-se a responder: em 1978. Mas não, não era o que a minha memória me dizia.

Perguntei-lhe por factos e pessoas e ele respondeu... baralhando acontecimentos e datas. Tinha ido para o serviço de agenda trabalhar com um jornalista que nunca soube escrever à máquina e que aqui fica registado apenas com as suas iniciais (DR). Em 1978, insistiu JMM. Bem, JMM é que se revelou falso: porque DR só foi chefiar o serviço de agenda em 1979, ou já depois, porque em 1978 chefiava a secção de Trabalho. E depois JMM ainda acrescentou outras falsidades. Para garantir que, em 1978, ASD não era secretária. Tenho uma vaga ideia de que JMM, que entrou em 1980 ou em 1981, andou muito próximo de ASD, e talvez isso tenha sido determinante para o ataque idiota que me fez.

Talvez para sustentar a sua verdade (tipo "a verdade a que temos direito"...), JMM resolveu fazer derivar a sua conversa para outros "factos", dos tais que, diz ele, "estão em toda a Internet", e atacou-me directamente e já sem se referir à posição de ASD como secretária.

Atendendo à deriva insultuosa do pequeno sacana, interrompi a conversa. Não sei se JMM continuou a insultar-me. Ficaram algumas coisas por clarificar, mas, afinal, foi ele que fugiu à questão. E eu fiquei sem saber se a sua afirmação de que entrara em 1978 se deveu a uma tentativa deliberada de fugir à verdade, ou se foi um simples problema de memória. De qualquer modo, esta sua dificuldade em lidar com a verdade (e com os factos) ajuda a explicar por que motivo é que não houve nada de relevante na sua actividade como jornalista, que também chegou a ser, nem em "o diário" nem em mais sítio nenhum.



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