Alguém se lembra de como nos EUA, entre 1982 e 1983 e perante o silêncio embaraçado do governo de Ronald Reagan, que não sabia o que havia de fazer, os cientistas e os médicos (que nem conseguiam pôr-se de acordo quanto à origem da epidemia) lançaram uma onda histérica de pânico sobre os eventuais perigos de transmissão da sida (que depois não se confirmaram)?
Em Março de 1983 a Associação Médica Americana, equivalente à Ordem dos Médicos portuguesa, alertou: «Provas sugerem que os contactos domésticos podem transmitir a sida»
A agência Associated Press difundiu esta posição e os jornais publicaram-na.
Os funcionários dos serviços públicos de São Francisco começaram a distribuir máscaras faciais e luvas de borracha aos polícias e aos bombeiros.
Um condutor que atropelou um transeunte gay em Chicago telefonou para a “Saúde24” local a perguntar se devia “desinfetar” o carro para não apanhar sida.
Isto não vos faz lembrar nada?
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