Ou, melhor, eu não preciso da televisão que temos: da RTP, da SIC, da TVI, da CMTV.
Nem dos chamados canais temáticos como o AXN, a Fox, o melancólico AMC, o errático SyFy e o ex-elitista TV Séries (que já cancelei), nem dos canais de cinema.
Mas tenho o serviço de televisão enfiado num "pacote" de telefone fixo, de telemóveis e de Internet. E, sim, desta é que realmente necessito.
Nos últimos anos, fartei-me do "jornalismo" dos canais ditos generalistas, da sua prosápia, das suas asneiras em série, dos mais variados atropelos a tudo o que é bom senso. Fartei-me do primado do futebol, dos comentadores, dos intermináveis directos. Dou-me bem com a informação vagamente jornalística que vou pescando, de arrasto e à linha, pelos domínios do on line. E tenho pouco tempo para os canais realistas tipo Odisseia, História, National Geographic ou Travel ("Hotel Impossible"!).
O meu interesse pelas séries televisivas de qualidade consolidou-se e evoluiu, quer na qualidade quer nos meios de acesso: depois dos canais de séries, depois dos DVDs, passei, mais recentemente e de forma directa, à Netflix e à HBO.
E o cinema? Pois, às vezes, um ou outro filme, e no televisor, porque, no concelho onde resido, não saio para ir ao cinema, onde teria de ficar entalado em salas onde nem espaço tenho para as pernas. E o cinema que hoje em dia se faz?... Não me entusiasma, nem em termos absolutos nem em termos relativos. O que aqui já escrevi continua actual: um filme em cinema, que se vai ver e de onde pouca gente desiste, é uma novela, ou um conto; a série de televisão corresponde ao romance, com tempo para a história ser bem contada e, muitas vezes, com mais liberdade.
Não devo ser caso único, claro. Mas se há pessoas que se contentam em ver este tipo de entretenimento em computadores e até mesmo em telemóveis, eu prefiro desfrutar das melhores condições que posso obter e tive de fazer um "upgrade" do televisor.
Vale a pena, com isto tudo, manter o serviço de televisão? Começo a duvidar.
Sem comentários:
Enviar um comentário