Manuel Palito tinha, na sua insignificância, uma figura vagamente simpática. Parecia sempre enfezado, escondido atrás do bigode, fugido durante um mês à GNR que parece ter usado de pouca subtileza quando se atirou para o terreno onde, aparentemente em dois dias, a PJ o apanhou.
Pedro Dias, a monte há duas semanas, é diferente. Tem um olhar mais determinado, parece ter agido com maior frieza quando matou e agrediu e, mesmo com a PJ já no terreno, tem trocado as voltas às autoridades. E à imprensa também que, como sempre acontece perante situações mais complexas, não sabe bem o que há de fazer, gaguejando comboios de "então" a cada "directo".
Pode dizer-se que duas semanas ainda é curto, sobretudo quando a "caça ao homem" (expressão que horrorizou alguns liberais mais impressionáveis) tem muitos elementos policiais num terreno que o fugitivo parece conhecer muito bem (e onde pode, até, beneficiar de algum apoio, decerto que bem intencionado). Mas parece que já passou muito tempo e o que se vai sabendo, ou suspeitando ou especulando, sugere que pode passar ainda mais.
E Pedro Dias, algures noutro país, ou noutro mundo, até pode sonhar em mudar o seu apelido...
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