segunda-feira, 24 de outubro de 2016

Pedro Dias? Ou Pedro Semanas? Ou Pedro Meses?...


Manuel Palito tinha, na sua insignificância, uma figura vagamente simpática. Parecia sempre enfezado, escondido atrás do bigode, fugido durante um mês à GNR que parece ter usado de pouca subtileza quando se atirou para o terreno onde, aparentemente em dois dias, a PJ o apanhou.
Pedro Dias, a monte há duas semanas, é diferente. Tem um olhar mais determinado, parece ter agido com maior frieza quando matou e agrediu e, mesmo com a PJ já no terreno, tem trocado as voltas às autoridades. E à imprensa também que, como sempre acontece perante situações mais complexas, não sabe bem o que há de fazer, gaguejando comboios de "então" a cada "directo".
Pode dizer-se que duas semanas ainda é curto, sobretudo quando a "caça ao homem" (expressão que horrorizou alguns liberais mais impressionáveis) tem muitos elementos policiais num terreno que o fugitivo parece conhecer muito bem (e onde pode, até, beneficiar de algum apoio, decerto que bem intencionado). Mas parece que já passou muito tempo e o que se vai sabendo, ou suspeitando ou especulando, sugere que pode passar ainda mais.
E Pedro Dias, algures noutro país, ou noutro mundo, até pode sonhar em mudar o seu apelido...

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