quinta-feira, 6 de outubro de 2016

Não, eles é que ganham




Não sou dos que pensam que um qualquer destaque de um conterrâneo ou compatriota numa outra dimensão geográfica seja de imediato um motivo de valorização dessa dita pessoa.
É como o manto de benevolência com que se aconchega cada morto público: era sempre uma excelente pessoa, incapaz de fazer mal ao seu semelhante.
Neste caso, o único ganho que vejo nisto (na bacoca manchete do "Público" e na percepção geral) é o que favorece Marcelo Rebelo de Sousa, António Costa e José Sócrates: deixaram de ter rival para as eleições presidenciais de 2021, o que poderia acontecer se a bondosa criatura andasse por cá. Ou então, mesmo dando-lhe o benefício da dúvida, como não é possível saber se ele conseguiria ser pior no cargo do que os acima citados, é realmente preferível nem fazer a experiência. Ainda bem que fica longe. 

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