"Os anos 70 foram os grandes dias do cinema de Hollywood, quando se faziam grandes filmes, filmes médios e pequenos filmes. Foi esse espaço de qualidade, entre os filmes de arte e ensaio e os 'blockbusters', que a televisão ocupou e é aí que os actores querem estar."
Esta observação do actor Sam Neill, em entrevista à revista "Empire" (n.º 328, Outubro de 2016), numa referência à sua participação na magnífica série "Peaky Blinders", ilustra bem o papel e o estatuto da ficção televisiva dos nossos dias: um terreno audiovisual intermédio onde se vai afirmando a qualidade em parte perdida pelo cinema que pode considerar-se tradicional e que começa a dividir-se entre as grandes produções e os "remakes" de êxitos e os filmes independentes ou de menor orçamento.
O futuro do cinema, ou da ficção audiovisual, em geral, passa todo por aqui. E nem sequer é difícil percebê-lo.
"Peaky Blinders", sem estreia nem "press releases" em Portugal,
é uma das melhores séries inglesas dos nossos dias
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