quarta-feira, 26 de outubro de 2016

Independentes dos actuais partidos ou dependentes de um futuro partido?

Os independentes deixam de o ser
quando se ligam a movimentos organizados
de âmbito nacional


Maria Teresa Serrenho foi candidata à presidência da Câmara Municipal de Caldas da Rainha em Setembro de 2013 por um grupo razoavelmente organizado de "independentes", que se intitulou Movimento Viver o Concelho (MVC).
O MVC teve uma votação apreciável nas eleições locais. Mas, menos de dois anos depois, com a actividade local do MVC praticamente extinta, Maria Teresa Serrenho juntou-se à campanha de um dos candidatos à Presidência da República, sem abandonar (nem suspender) o cargo de presidente do MVC.
Na prática, o MVC pegou nos votos que teve e levou-os para o candidato presidencial. Que, felizmente, como era evidente, foi derrotado.
Recentemente, o MVC (de que pouco parece restar) deu sinais de querer voltar a intervir nas eleições autárquicas de Caldas da Rainha.
Recentemente, o candidato presidencial anunciou o lançamento de uma organização nacional, a que chamou "Frente Cívica".
Maria Teresa Serrenho tem, de novo, lugar de destaque neste emergente projecto megalómano. E continua como presidente do MVC.
Quem, nas eleições de Caldas da Rainha do próximo ano, for ainda votar no MVC, pensando que são um grupo local de cidadãos independentes, estará a votar num projecto político nacional que assume claramente o formato de embrião de um partido político.  

Sem comentários: