"Há um projecto de um empreendimento turístico para a Serra do Bouro. Desde que tomou posse houve algum desenvolvimento?", pergunta, com a sua inexcedível candura, a "Gazeta das Caldas" ao presidente da Junta de Freguesia de Santo Onofre, em Caldas da Rainha, que aumentou o seu domínio com a freguesia rural de Serra do Bouro no totoloto das freguesias, a propósito do projecto megalómano do Plano de Pormenor da Estrada Atlântica, que... data de 2011.
E responde o dito presidente com igual candura: "Não. Nem sequer fui contactado por alguém sobre isso. Mas também não é uma boa altura para estes projectos, até porque aqui na vizinhança temos empreendimentos que estão parados."
O presidente desta união de freguesias que (olhe para o mapa, leitor) une duas freguesias (Santo Onofre e Serra do Bouro) com duas pelo meio (Nadadouro e Tornada), é um homem que faz parte da "Nova Dinâmica" do PSD caldense, o grupo político que se julga "dono disto tudo". E que muito caracteristicamente diz: "O melhor que poderia acontecer à Serra do Bouro era a fusão com Santo Onofre e não com outras freguesias vizinhas. Se a fusão tivesse sido com Salir do Porto ou Foz do Arelho seria muito pior." E porquê? A "Gazeta" não o pergunta e ele também não se arrisca. Mas ele vai dizendo, como quem sacode a água do capote e como se não tivesse sido parte interessada: "No entanto, continuo a defender que esse processo de fusão de freguesias foi um erro."
Entretanto, a Serra do Bouro, como todas as freguesias do interior, está mais isolada, mais desprezada e mais abandonada. Mas que lhe interessa a ele, na sua freguesia do centro cidade? Como se costuma dizer: só lá foi ver a bola...
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