Há, entre os "independentes" saídos das eleições autárquicas de 2013, quem pense (e muito de acordo com o princípio de que "quem não está connosco está contra nós") que a crítica que lhes é feita de se envolverem demais na política nacional se deve a qualquer rejeição da sua participação à dimensão nacional.
Essa rejeição, no entanto, até seria um erro histórico porque qualquer partido (sobrevivente, triunfante ou perdido) começa por ser, em geral, um grupo de cidadãos formalmente "independentes".
O que porém está em causa na tentação "nacional" dos "independentes" é o desvio de esforços e de tempo para projectos que estão completamente fora do objectivo principal que os levou à luta política local e do compromisso com o eleitorado que lhes deu o destaque que lhes permite alcandorar-se ao que julgam não ser apenas "carne para canhão" de projectos de poder pessoal.
Os "independentes" podem gozar os seus tempos livres como quiserem.
Leiam livros, dediquem-se à jardinagem, cocem-se, sonhem com um "remake", ou vários, do PRD eanista em 2017. Façam o que quiserem. Mas, na sua actividade política, têm de dedicar-se por inteiro ao cumprimento do "contrato" com os seus eleitores. A nível local.
Qualquer outra opção é, para não dizer pior, um equívoco pessoal e uma manifestação de desinteresse por quem lhes deu o voto em 2013.
2 comentários:
Os gajos do MVC já não gostam de ti. Destes-lhes uma porrada e agora dizem que só mandas bocas. São iguais aos outros. Apoiaste-os e é assim que pagam. LOL.
Apoiei-os por considerar que eram a melhor alternativa aos poderes instalados e não o escondi. Pediram-me para participar numa sessão e eu correspondi. Nunca me propuseram lugar nenhum em nenhuma candidatura, nunca lhes propus fazê-lo e não o aceitaria se por acaso me convidassem para isso.
É pena que tenham gostado do que escrevi até ao momento em que comecei a discordar fundamentadamente.
Não espero, nem esperei, que me "pagassem". O que interessa aqui é a defesa dos interesses do concelho de Caldas da Rainha e dos seus habitantes e não a submissão a um movimento e a um caudilho nacionais.
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