Em Fevereiro de 2014, há mais de um ano, fazia aqui a seguinte pergunta: Estará a Câmara das Caldas a querer soterrar vestígios arqueológicos na Praça da Fruta?
No mesmo texto, e com base numa declaração de um vereador da Câmara Municipal de Caldas da Rainha, escrevi: "abaixo dos 60 centímetros [no subsolo da Praça da Fruta] há alguma coisa que levaria à interrupção das obras e a escavações arqueológicas".
Na edição da "Gazeta das Caldas" desta semana, o mesmo vereador (agora na qualidade de presidente do PSD local), refere-se ao "elevado risco de serem encontrados vestígios arqueológicos que poderiam causar a interrupção das obras, o seu adiamento e a perda do respectivo financiamento", como argumento contra as alterações propostas pelo CSD a pormenores das obras na Praça da Fruta.
Isto significa que a Câmara Municipal de Caldas da Rainha soterrou património arqueológico, com toda a consciência do que estava a fazer. Esse património poderia, ou não, esclarecer pormenores da História da região.
A indiferença do vereador não é uma surpresa porque já se percebeu o que a casa gasta.
O que é uma surpresa é a indiferença do CDS, para começar, e depois a indiferença dos restantes partidos e dos independentes do MVC, quanto à deliberada destruição de património arqueológico e talvez histórico no subsolo da capital do concelho.
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