Apoiei publicamente um movimento de independentes que concorreu às eleições autárquicas de Caldas da Rainha em Setembro de 2013, tendo votado nas suas listas para a Câmara Municipal, para a Assembleia Municipal e para o que resultou da fusão idiota de duas juntas de freguesia.
Acredito que a intervenção desse movimento (o Movimento Viver o Concelho, que obteve uma votação bastante positiva nessas eleições) foi essencial para dinamizar a vida política neste concelho e que ainda pode contribuir para uma alternativa sólida ao poder do PSD caldense nas eleições autárquicas de 2017.
Mas, para isso, o MVC tem de se manter fiel às suas origens e usar os votos e a posição que conseguiu para esse propósito expresso, recusando tentações federadoras de âmbito nacional e aventuras demagógicas.
A associação do MVC a uma candidatura presidencial que assenta numa campanha demagógica como raramente se tem visto, como agora aconteceu, desvirtua o movimento e, de certa forma, desvia os votos recebidos para um projecto político que nunca foi apresentado como sendo o seu.
Os seus arautos têm defendido algo que se aproxima da velha máxima do "em política, o que parece é". E o que parece está agora à vista.
É por isso que, apesar de lhes ter "dado" o meu voto em Setembro de 2013, entendo que é oportuno deixar bem claro que não contam com ele desta maneira.
Uma nota conveniente: Não fiz parte de nenhuma lista do MVC nem de qualquer outra candidatura às eleições autárquicas de Setembro de 2013. Não fui convidado nem me fiz convidado. O único convite que aceitei do MVC foi para participar numa reunião pública candidata na freguesia rural de Caldas da Rainha onde resido, onde declarei, antes e depois de o fazer por escrito, o meu apoio ao MVC. A minha relação com os independentes é, precisamente, de independente. E já aqui fiz muito para os apoiar.
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