Três contentores de lixo, talvez com vários anos de casa, devidamente ensebados e emporcalhados num avenida que levou obras de milhões só para passeios novos e mais largos, que começa (ou acaba) numa estação ferroviária-fantasma e que termina (ou começa?) numa Câmara Municipal que não sabe fazer mais do que isto e que gosta mesmo muito da porcaria.
Os contentores estavam a ocupar um lugar de estacionamento, que continua alegremente a fazer-se em segunda fila como antes, numa avenida de pouco movimento, mas parece que vão ganhar um ninho próprio, que servirá de moldura para o grande ex-libris da Câmara Municipal de Caldas da Rainha: não se controla o lixo, não se dá o exemplo, não se obriga os porcalhões a deixarem de o ser, o que se faz é acautelar os contentores como se fossem objectos de arte e elementos valiosos do património cultural de um concelho reduzido a isto: obras novas com lixo velho.
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