segunda-feira, 23 de março de 2015

Quanto é que nos vai custar o vazio?










 
Estas imagens foram recolhidas hoje à tarde, entre as 14h e as 14h30, no parque de estacionamento subterrâneo da cidade de Caldas da Rainha, que custou 3,6 milhões de euros.
O piso -1 (imagem de cima) é destinado ao público em geral e nem sequer é pago na primeira hora. Nem um terço do espaço estaria ocupado.
O piso -2 (imagem de baixo) é destinado a residentes e outros "assinantes". Nem um terço do espaço estaria também ocupado.
Nunca acreditei na necessidade de um parque de estacionamento desta natureza para o centro "político" (Câmara Municipal, Finanças, Tribunal) desta cidade. Tudo indica que, na realidade, não era necessário e que continuará às moscas.
Como não se conhecem (o que é estranho, repito, como é estranho que as oposições não exijam esse esclarecimento) estudos, modelo de exploração da obra e a relação custos/benefícios, não custa a crer que a Câmara Municipal venha a cobrar a loucura do estacionamento subterrâneo aos munícipes quando ficar evidente o buraco que este duvidoso empreendimento vai provocar nas contas camarárias. 

2 comentários:

José Rafael Nascimento disse...

Caro PGR, não é verdade que toda a oposição não peça explicações e não manifeste discordâncias diversas em relação ao que a Câmara (não) faz. Se assistir a uma sessão que seja da AM, ou se ler as actas da Câmara online, confirmará o que eu digo. O que acontece é que o PSD tem a maioria absoluta e não tem respeito pelas opiniões da oposição. Claro que a oposição não é monolítica, mas que há vozes que se levantam contra a má governação autárquica, isso é um facto e é público.

Pedro Garcia Rosado disse...

Permita-me dizer, José Rafael Nascimento, que me parece que essas vozes se deviam fazer ouvir também fora da Assembleia Municipal, e de forma bem audível, firme e insistente. A acção política não pode esgotar-se na Assembleia Municipal. Tem de estar na rua, no contacto directo com as pessoas, na internet, diariamente, numa corrida de fundo sem fim à vista mas com um propósito bem definido: afastar do poder a gente que lá se enconchou.