A fazer de conta que não é nada com ele |
Na margem da Lagoa de Óbidos, a caminho da Foz do Arelho: de um lado uma mulher que leva (ou o cão a leva a ela) um cão maior do que ela mas pela trela; do outro lado um homem que, de trela na mão, deixa o cão andar à solta. É preto e grande.
Não reparei no encontro mas os gritos da mulher ouviram-se bem para perceber que não queria que o cão preto se aproximasse do seu. O homem apressa o passo, prende o cão e lá vai ele, sem dizer nada (não lhe saiu o "ele só quer é brincar" imbecil que é comum nestas coisas) e anda ainda mais depressa, ou por arrogância ou por perceber a asneira que fez.
Mas uns metros mais à frente solta outra vez o cão que, entretanto, se distancia dele e num horizonte visual em que o homem já não o vê. É habitual, claro está, que estes idiotas pensem que o mundo é deles, que os cães voltam sempre e que os controlam à distância tipo telecomando. Mas enganam-se em tudo.
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