terça-feira, 10 de junho de 2014

Altiberis: mais um caso... e não apenas de incompetência

Uma conta bancária, segundo descobri há pouco tempo, oferece-me um serviço de "assistência no lar" (em que não se paga a deslocação) de uma seguradora para resolver problemas técnicos. Uma ruptura num cano foi o primeiro caso e resolveu-se rapidamente e com um serviço bem executado por uma empresa local. O segundo problema que tive (água a verter da caldeira de aquecimento) transformou-se num problema ainda pior.
A situação foi detectada pelas sete da tarde e cerca de hora e meia depois aparecia um técnico. O problema seria uma avaria numa válvula, que precisava de ser substituída. E foi. Mas depois a caldeira não fazia o que devia fazer: fornecer água quente.
O técnico demorou-se uma hora a fazer várias experiências e telefonemas até vir perguntar se o gás estaria desligado (numa torneira mesmo ao lado da caldeira). Estava, claro, por motivos de segurança. É natural, não? 
Aberto o gás, a água já correu quente. O técnico apresentou a conta: a peça e duas horas de mão-de-obra - 92€. Com uma identificação: Altiberis, uma empresa de Estarreja. E uma "recomendação": o manómetro estava avariado.
Na manhã seguinte, foi como se não tivesse havido intervenção nenhuma: a água corria livremente; e, já agora, a válvula que teria sido substituída também não se avistava. Mas as peças substituídas não costumam ser entregues (por motivos óbvios) aos clientes?
Ainda cedo, atendeu-me da Altiberis um homem que se apresentou como chefe dos serviços técnicos, que garantiu que a válvula fora mudada, ouvindo a reclamação que apresentei e, num contacto posterior prometeu, se lhes comprasse um manómetro novo e uma torneira porque na história também havia uma torneira avariada, que descontariam meia hora na mão-de-obra por causa da história do gás (reconhecendo, portanto, a asneira).
Também garantiu que a tal válvula substituída ficara por cá. Nem me macei a procurá-la.
A avaria da caldeira ficou resolvida dois dias depois. Mas nunca com a Altiberis. O manómetro e a torneira não precisaram de ser substituídos e o serviço (a cargo da empresa Electrólise, de Caldas da Rainha, que se ocupara da ruptura do cano e que eu chamei) foi impecável.
E, já agora, a seguradora que fornece o serviço é a Europ Assistance (onde também apresentei reclamação e me garantiram que, a pedir esse serviço, poderia dizer quem não quero que me assista) e o banco é o BES (onde me tenho deparado, nos últimos tempos, com algumas surpresas desagradáveis). 


 
 
 
 
Uma actualização - Na resposta que me foi enviada, a uma reclamação minha sobre esta matéria, o BES (tomando as dores da Altiberis e não do seu cliente) resolveu "esclarecer": "(...) no seguimento dessa substituição, seria necessário repor a pressão de água no circuito fechado da caldeira, iniciando-se o teste de combustão, contudo a caldeira não arrancou. Após várias verificações e retificação da purga dos circuitos, verificou-se que sem conhecimento do colaborador, foi fechado o passador de corte de gás".
Ou seja, esse poço de incompetência que é a Altiberis, o seu inteligentíssimo "colaborador" e o "coordenador de serviço Departamento de Organização e Qualidade" do BES acharam muito estranho que, por óbvias questões de segurança, o gás tivesse sido fechado!
Dá vontade de responder a estas manifestações de irresponsabilidade com um singelo "Bardamerda!"...
 
 

 

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