sábado, 30 de junho de 2012

Factos indesmentíveis

Os partidos parlamentares PCP e BE fazem as ameaças e invocam, orgasmaticamente excitados, a "revolta" grega.
Os dirigentes profissionais da CGTP encabeçam e enquadram os ataques.

© SIC
Os partidos parlamentares PCP e BE e a própria direcção da CGTP não dizem que não têm nada a ver com o incidente.
O convite público é reiterado: "revoltem-se!".
O regime democrático leva um abanão.
É simples, muito simples.
E de eficácia historicamente comprovada.

sexta-feira, 29 de junho de 2012

Francisco Louçã apoia Fernando Costa, o PSD das Caldas e o aumento brutal do preço da água

Francisco Louçã, o frenético cacique do Bloco de Esquerda, apoia Fernando Costa, o presidente PSD da Câmara Municipal de Caldas da Rainha, a sua maioria e o aumento brutal do preço da água neste concelho.
É o que se depreende quando se lê aqui que o BE, numa incursão caldense, não se referiu nem de passagem a esse aumento tão descaradamente violento.
Vamos ver como se comporta o seu homólogo do PCP, Jerónimo de Sousa, que também vem em romagem às Caldas este fim-de-semana.

Em acrescento 1: a "Gazeta das Caldas", que entretanto me chegou, faz aqui um relato mais pitoresco da verborreia revolucionária do dito deputado, da qual - confirma-se - está ausente qualquer referência ao monstruoso aumento da factura da água.
Em acrescento 2: fiz um comentário do mesmo teor na edição on line do "Jornal das Caldas" que, estranhamente, não foi publicado.

quinta-feira, 28 de junho de 2012

Porque não gosto dos CTT (24)

O cliente tem sempre razão? Não, o cliente da empresa CTT nunca tem razão.
Pode testemunhar os procedimentos mais incorrectos e apresentar as reclamações mais fundamentadas que a resposta, embrulhada nas mesmas fórmulas entediantes de quem se julga superior aos outros, é sempre a mesma.
Venha dos "apoios" ao cliente, do fantasmático Provedor do Cliente, dos cabos de esquadra das estações, dos Jerónimos de Sousa e dos Franciscos Louçãs locais ou de outras luminárias, é esta: o cliente nunca tem razão. Mas nunca, mesmo. 
E talvez nem devesse existir porque só lhes arranja é maçadas...

Porque não gosto dos CTT (23)

Na freguesia de Santa Catarina, Caldas da Rainha, a empresa CTT queria reduzir drasticamente o horário de abertura do respectivo posto de correios.
A população não deixou e fechou-se lá dentro, a enviar postais de protesto à administração da empresa. E a administração cedeu: o horário vai manter-se. Esta acção teve o apoio inédito do Sindicato Nacional dos Correios e Telecomunicações que, embora sob a bandeira da "entrega" das estações à "iniciativa privada", esteve por uma vez ao lado dos clientes.
Como acontece com a generalidade das entidades públicas e privadas, foi necessário protestar para as coisas mudarem.
Pode ser que o exemplo pegue e que a população (nós todos, os clientes à força da empresa CTT) consiga obrigar esta empresa a cumprir na prática o serviço público a que está, mais ou menos, obrigada.
Se a imprensa regional (que a de expansão nacional desconhece o país interior) não fizer de conta que está tudo bem - e destaca-se o comentário crítico da "Gazeta das Caldas" aqui - e nem se preocupar, por exemplo, com o facto de a empresa CTT distribuir tarde e a más horas os jornais dos seus assinantes, talvez seja possível ir ainda mais longe.

quarta-feira, 27 de junho de 2012

Arons de Carvalho e Ricardo Rodrigues: dois heróis do PS no combate pela liberdade de imprensa...

São, verdadeiramente, dois exemplos que caracterizam bem a relação do PS com a comunicação social, um mais discreto (Alberto Arons de Carvalho) e o outro bem mais efusivo (Ricardo Rodrrigues).
José Paulo Fafe, de boa memória e estilo incisivo, recorda aqui um episódio muito significativo do relacionamento de Arons de Carvalho com os jornais.
Quanto a Ricardo Rodrigues, ficámos todos a saber o que os Tribunais Criminais de Lisboa, no Portugal continental, dele pensam a propósito do "caso dos gravadores" e, logo a seguir, que o PS acha que ele está muito bem onde está, no seu grupo parlamentar e no Centro de Estudos Judiciários.
Ricardo Rodrigues ainda é capaz de acabar entronizado pelo PS como mártir no combate pela liberdade de imprensa.
Quanto a Arons de Carvalho, se tivesse sido menos discreto, talvez já o pudesse ter sido...
Mas o certo é que merecem estátuas, os dois, no panteão socialista.

EDP - 60 minutos de desperdício por dia

Não fui, de propósito, tentar saber a que horas nasce e se põe o sol, bastando-me a observação mais directa para ver o desperdício de energia eléctrica que - pelo menos na freguesia da Serra do Bouro, onde resido - no concelho de Caldas da Rainha se pratica: a iluminação pública fica acesa pelo menos meia hora depois de haver claridade (5h50 - 6h30, aproximadamente) e meia hora antes de realmente escurecer (21h - 21h30, aproximadamente).
Ou seja, aqui pelo menos, desperdiçam-se sessenta minutos de iluminação pública todos os dias.

sexta-feira, 22 de junho de 2012

EDP - A Crónica das Trevas (23)

Ontem às 7h53: apagão. Hoje às 7h30: apagão.
No outro dia, a arrumar papéis, encontrei a carta da EDP em que, nem há dez anos, um imbecil ao serviço da empresa não hesitava em pôr o nome na extraordinária justificação de que os apagões nesta região (Caldas da Rainha) eram justificados pelas estranhas trovoadas que por aqui ocorriam.
Hoje, por exemplo, está sol, há poucas nuvens, a temperatura está amena, corre um vento suave. E houve apagão, claro.
A criatura que deu a cara, digamos assim, pela desculpa das trovoadas deve estar hoje na administração da EDP, pelo mérito da coisa...

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Ele está a fazer um grande esforço. Aliás, estão todos

António Costa, António Lobo Xavier, Arons de Carvalho, Bárbara Reis, Belmiro de Azevedo (por interposta pessoa), Carlos Magno, Conselhos de Redacção, ERC, José Manuel Fernandes, José Pacheco Pereira, José Sócrates (por interpostas pessoas). Miguel Relvas, "Público", Rui Rio, Vicente Jorge Silva - foi a "Quadratura do Círculo" que, na edição de hoje, conseguiu debater a imprensa nacional sem a debater e em que uma frase solenemente proferida por Carlos Magno explicou tudo: "Estou a fazer um grande esforço." Estão todos, abençoados sejam. Os resultados, como é próprio da coisa, saem com assinalável dificuldade...

terça-feira, 19 de junho de 2012

Não Matarás 3: "Triângulo" sai em Agosto

O inspector Joel Franco, da Secção de Homicídios da Polícia Judiciária, resolve o mistério do assassinato do seu amigo de infância Augusto, identifica os assassinos e a sua vida sofre uma mudança dramática.
Entretanto, um primeiro-ministro colérico, alvo de uma conspiração política, revela-se um homem capaz de matar pelas suas próprias mãos...
Eis "Triângulo", o terceiro romance da série Não Matarás (ed. Asa) depois de "A Cidade do Medo" (2010) e de "Vermelho da Cor do Sangue" (2011).
É o meu sétimo "thriller" e estará à venda no próximo mês de Agosto.



sábado, 16 de junho de 2012

Fernando Costa, um presidente de câmara com lucro de 900 por cento no preço da água

Fernando Costa, o presidente da Câmara Municipal de Caldas da Rainha que gostaria de ter um cargo nacional no PSD de Pedro Passos Coelho, é um político hábil mas que, como todos, se distrai. E no caso do preço da água distraiu-se e confessou uma coisa que, estranhamente, não incomoda ninguém... nem as autoridades encarregues de zelar por estas coisas.
A sua câmara e os seus Serviços Municipalizados têm um lucro na revenda da água que chega aos 900 por cento.
E isto se fizermos as contas unicamente ao preço da água que os consumidores pagam. Se lhes juntarmos as outras despesas todas da factura da água... dará muito mais.
Ao consumidor, a água que custa "cerca de 35 cêntimos" é cobrada por preços que vão dos 0,53€ aos 3€ por metro cúbico. Ou seja, a Câmara das Caldas pode conseguir, à cabeça, obter um lucro de 900 por cento na tal água que há quem diga que é um bem público.
E convém ter presente que quase metade da factura mensal dos Serviços Municipalizados de Caldas da Rainha é composta por "custos" diversos (esgotos, saneamento e o muito que se lhes aprouver) imputados directamente aos consumidores.
Na minha mais recente factura da água, por exemplo, tenho de pagar 27,85€ de água consumida (incluindo 3 euros de uma tarifa fixa) e depois 23,01€ das outras taxas de esgoto e afins e um modestíssimo IVA de 1,67€.
O esbulho dos consumidores nas Caldas da Rainha - onde só poupa na água quem não se lavar, puxar o autoclismo, cozinhar ou lavar a louça - foi aprovado sem problemas ideológicos pelo PSD, pelo CDS, pelo PS, pelo PCP e pelo BE. Pela mesma "esquerda" que separa bem as palavras dos actos e que aqui, na "província", onde não se nota (ou, então, são ricos), alinha com todos os outros nos maus tratos à população.

sexta-feira, 15 de junho de 2012

O atraso, ou adiamento, dos reembolsos do IRS - a fome e a vontade de comer

O atraso, ou adiamento, no pagamento dos reembolsos do IRS é um exemplo do conúbio perfeito entre a fome e a vontade de comer.
Da parte do Governo pode haver motivos contabilísticos para deliberadamente o fazer mas a desatenção pelos cidadãos com que parece ter encarado o problema tem uma leitura política inevitável: quanto mais não seja, os contribuintes são neste domínio tão credores do Estado (como a troika, por exemplo) porque o que aqui está em causa é o empréstimo forçado a que estão obrigados todos os anos e que vale muitos milhões de euros.
Por outro lado - e vale a pena atender ao comunicado do Ministério das Finanças para reparar na pouca subtileza com que atribui as responsabilidades aos serviços -, sabemos todos como os contribuintes sempre foram tratados pelo Fisco como cidadãos com todos os deveres e sem nenhuns direitos, recebidos muitas vezes com uma soberba e uma arrogância que praticamente só desaparece quando a vítima se defende com um advogado ou com uma sólida fundamentação jurídica que exige, obviamente, a consulta e o estudo dos códigos tributários.
Este episódio do deslize temporal, deliberado ou apenas fruto de vários acasos, dos reembolsos do IRS era dispensável.

quinta-feira, 14 de junho de 2012

A propósito dos atrasos nos pagamentos que são mais adiamentos do que atrasos...

... diz-me, em conversa, uma pessoa que sabe do que fala sobre uma empresa que por acaso também tem conta no mesmo banco que eu: "Essa empresa tem às vezes falta de liquidez mas também tem outra coisa: a possibilidade de fazer aplicações de verbas que já tem e que serviriam para pagar aos seus fornecedores em poupanças de curto prazo que rendem sempre alguma coisa, prolongando os prazos de pagamento aos seus fornecedores e outros colaboradores. É uma actuação nas fronteiras da legalidade mas quem é que consegue identificar as factualidades que provem a ilegalidade?"

terça-feira, 12 de junho de 2012

Porque é que os subsídios não fazem parte da agenda do PS, do PCP e do BE?

Gostava de ver o PS, o PCP e o BE - todos ou algum deles - a garantir desde já (e mais vale tarde do que nunca) que se comprometem a repor na íntegra e com retroactivos os subsídios de férias e de Natal suspensos pelo actual governo ,se ganharem as eleições legislativas de 2015 e formarem governo.
E, não o fazendo, qual será o motivo?
Estão de acordo com esta medida do actual governo ou acreditam que não vão ganhar as eleições e por isso nem sequer se esforçam?

segunda-feira, 11 de junho de 2012

Marcelo Rebelo de Sousa, Guilherme d'Oliveira Martins, Judite de Sousa e as PPP

Marcelo Rebelo de Sousa disse ontem no seu espaço de comentário da TVI que haveria de falar sobre as PPP (as parcerias público-privadas) até porque tinha informação segundo a qual (e não cito nos termos exactos) o Tribunal de Contas não tinha sido tão crítico como parece que foi.
O que nesta altura se noticia, no quadro deste escândalo político-financeiro, é que o Tribunal de Contas, presidido por Guilherme d'Oliveira Martins, sempre foi crítico e não se cansou de "arrasar" (para usar a novilíngua jornalística) as PPP.
O que Marcelo disse seria, portanto, uma "novidade". À frente do "Professor", a jornalista Judite de Sousa não achou/não reparou/tinha a coisa combinada/ouviu mal (fica à escolha do leitor).
Marcelo Rebelo de Sousa deu um ar de sua graça (coisa que já pouco faz como fazia noutros tempos) e passou para outros assuntos.
Do presidente do Tribunal de Contas esperar-se qualquer coisa. Mas também não se nota.
A imprensa já não é decididamente o que era.

sábado, 9 de junho de 2012

"Divergente", de Veronica Roth

"Divergente", de Veronica Roth, é uma das mais recentes estreias da literatura fantástica para o segmento dos jovens adultos, desta vez no domínio da ficção científica.
O cenário é uma cidade no futuro, com a população dividida por cinco facções mais ou menos cooperantes, e a principal personagem, e heroína, é uma jovem chamada Beatrice (nome de guerra Tris) que, ao contrário da maioria dessa população, demonstra a sua aptidão não apenas para uma das facções mas para... três delas. É por isso "divergente", o que não lhe augura uma vida fácil numa sociedade estratificada e conservadora e que parece estar prestes a mergulhar numa verdadeira guerra civil.
"Divergente", o primeiro livro da série, é um bom começo. O segundo intitula-se "Insurgente" e fica alguns furos acima.
O terceiro... não se sabe ainda mas eu, por exemplo, que tive o gosto de traduzir "Divergente" e "Insurgente", já fiquei com muita curiosidade em saber como vai evoluir a história, depois do fim enigmático de "Insurgente".
"Divergente" foi publicado pela Porto Editora e deverá chegar ao cinema em 2015.

Porque não gosto dos CTT (22): receita manhosa

Eis uma fonte de receita do mais manhoso que há: os clientes à força dos CTT podem pedir o envio para qualquer local de tudo quanto cabe nos avisos de recepção (da correspondência registada às coisas mais "pesadas" que se saem das estações não são transportadas para os seus destinatários) pagando uma quantia de, pelo menos, 2,20€ (segundo informação de um serviço dessa entidade). Deve ser difícil encontrar uma maneira mais simples de ganhar dinheiro...

quarta-feira, 6 de junho de 2012

Porque não gosto dos CTT (21): não toca e foge...

Estava à espera de dois livros pelos CTT e, encontrando-me em casa, fiquei especialmente atento ao carteiro. Apareceu, para variar, mas em regime de (não) toca e foge: quem estava em casa não foi alertado e na caixa do correio apareceu o negregado aviso de recepção, com o mentiroso "Não atendeu" e a reveladora indicação de que o objecto é "volumoso".
E não só não tocou - poderia não se ter ouvido - como o ruído revelador da motoreta não se fez ouvir ao portão o tempo suficiente para o aviso de recepção ser preenchido.
Portanto: por ser "volumoso", o objecto ficou à espera, na estação dos CTT ou não, e o aviso de recepção já vinha previamente preenchido. E o consumidor - eu, todos nós - que vá, pode dizer-se de outra maneira mas seria sempre pior, bardamerda.
Não deve haver um serviço (público!) cuja incompetência esteja assim tão dependente do "factor humano", ai de nós!

terça-feira, 5 de junho de 2012

Fora de moda

De há vários anos a esta parte tornou-se um lugar comum - em cada entrevista/inquérito/seja lá o que for de uma figura mais ou menos pública - dizer-se que se andam a ler a vários livros ao mesmo tempo. Um deles, já se sabe, está na mesa de cabeceira (normalmente o mais "profundo"), mas os outros... não se sabe se residem na sala ou na casa de banho.
Estranhamente, nunca ninguém se lembra de ir mais longe para tentar saber qual é o método utilizado para esse tipo de leitura salteada.
Eu nunca consegui ler mais do que um livro ao mesmo tempo, salvo se o segundo livro for algo que esteja mesmo obrigado a ler, por qualquer motivo profissional ou outro. E o mesmo se aplica às obras que traduzo: prezando os estilos, não quero meter-me a traduzir dois livros ao mesmo tempo e correr o risco de produzir híbridos, mesmo que isso signifique não aceitar certas propostas de trabalho.
Estarei, como agora se diz, fora de moda?

segunda-feira, 4 de junho de 2012

Retratos da crise do sector livreiro

Fui ter por acaso ao blogue Cadeirão Voltaire e uma nota sobre o fim da colaboração das suas autoras na revista "Os Meus Livros". Recomendo a leitura do post "Fim da colaboração com a revista Os Meus Livros" e dos comentários sobre o assunto.

domingo, 3 de junho de 2012

Desavergonhados e cobardes

Não há um único presidente de câmara, junta de freguesias, demais acólitos, de "esquerda", de esquerda ou de direita, activista do "poder local", membro de um qualquer órgão autárquico que obeteve esse emprego (em "part" ou "full time") que tenha um módico de vergonha na cara que o impeça de defender a indefensável certeza de que as dívidas de todas as autarquias têm de ser pagas por todos nós?!
O que é que eu tenho a ver com os desmandos, o peculato, os luxos, a má gestão, as venalidades e as incompetências das câmaras dos concelhos e das juntas de freguesia onde eu não resido e onde nem sequer votei ou posso votar?
O que lhes falta em vergonha sobra-lhes em cobardia e desfaçatez.