Ser-se remunerado pelo trabalho que se presta é uma coisa normal.
Depois há subsídios que certos sectores vão tendo, em especial em domínio da administração pública, que servem para compor o salário mensal.
E, acima de tudo isto, nos CTT, há uma coisa extraordinária chamada “subsídio de incómodos”.
Não sei se, na origem, este pitoresco “subsídio de incómodos” teve outra designação. Mas é assim que ele aparece, é assim que o designam, é assim que o Bloco de Esquerda, pelo menos, o defende, achando que os trabalhadores dos CTT são mais do que quaisquer outros trabalhadores. Está aqui, num documento de 17 de Agosto de 2010 deste movimento político:
“Tendo em conta a situação profissional que está a afectar todos os trabalhadores dos CTT do distrito de Leiria, a Comissão Coordenadora Distrital do Bloco de Esquerda vem publicamente expressar o seu apoio às formas de luta que os trabalhadores dos CTT, em vários pontos do distrito (Caldas da Rainha, Marinha Grande, Leiria, Óbidos etc) têm decidido encetar em resposta à ameaça de verem os seus ordenados reduzidos, através de cortes quer no subsídio nocturno, subsídio de pequeno-almoço e em alguns casos no subsídio de incómodos, em resultado da tentativa de impor uma alteração dos horários de trabalho.”
É um incómodo ter de trabalhar, não é?
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